segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ações culturais por toda Campo Largo


Por Bruna Carneiro
Proporcionar à população novas experiências culturais, este é um dos objetivos centrais do Rumos. O Plano Municipal de Cultura foi apresentado oficialmente dia 13 de abril e passa agora pela segunda fase, que é promover a interação das comunidades campo-larguenses com ações culturais.
Para cumprir as metas do Plano, o município foi subdividido em oito regiões, as quais englobam todos os bairros de Campo Largo. Serão oferecidas ações contínuas nestas regiões, durante um mês, para que a população tenha contato com várias linguagens culturais e identifique as demandas da sua comunidade. Ao final do período será realizada uma pré-conferência para delimitar o futuro da região na área de cultura.
De acordo com o diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de Campo Largo, Juciê Parreira, o Rumos irá nortear os trabalhos da cultura e aproximar a população do poder público. “A intenção é que com o contato com ações variadas os próprios cidadãos identifiquem a necessidade daquela comunidade. Vamos adequar os trabalhos de acordo com as demandas de cada região, na cultura não se pode adotar o mesmo modelo, um padrão de projetos, cada comunidade tem sua característica e diversidade e precisamos levar isto em consideração”, explica.
Em dois meses de implantação do Plano, 20 bairros já participaram de mais de 50 ações culturais, entre exposições itinerantes, peças de teatro em praça pública, rodas de viola, sessões de cinema, contação de estórias, oficinas e pré conferencia. As primeiras duas regiões foram Br 277, que engloba os bairros Jardim Emília, Rondinha, Jardim Carmela, Jardim Rondinha, Aldeia Franciscana, Veneza, Afin, Sereia, Vila Mariano Torres, Santa Nely, cercadinho, Santo Onofre, Vila São Luiz, Vila Conceição, Vila Dom Pedro e Jardim Guarany, e Bateias, que compreende os bairros Salgadinho, Tritec e Quadros. A próxima região que recebe as ações itinerantes é a da Águas Claras.

Como o Rumos funciona: Antes de iniciar as atividades, uma equipe do departamento de Cultura vai até a região e mapeia a área. Neste mapeamento são identificados os tipos de ações que alcançariam melhores resultados naquela comunidade. “Delimita-se qual será o melhor espaço para uma exposição, por exemplo, ou se uma peça de teatro atrairia o público assim como uma roda de viola em Bateias. Por isso nenhuma região terá programação igual a outra”, explica Parreira. Um exemplo disto foi a instalação de duas exposições na Unidade de Saúde de Bateias (local onde há grande circulação de pessoas) e no Jardim Guarani a apresentação de peça de teatro, ao ar livre, para 200 crianças. A programação é definida de acordo com o perfil do público.
Na pré-conferência a comunidade avalia e expõe sua opinião sobre as atividades, quais foram as que mais gostaram, e relaciona as prioridades culturais para a região. Na sequencia é eleito o conselho local para que a própria comunidade organize novas ações de cultura. “A ideia é que toda a população se engaje em prol do mesmo objetivo [promover a cultura]. Há muitos saberes em Campo Largo que devem ser repassados”, afirma o diretor.
O plano Municipal de Cultura – Rumos terá validade de 10 anos e a participação popular é o eixo central para a construção deste.

Serviço: A pré-conferência da região 3 (Águas Claras) acontece no dia 30 de junho.

Prefeitura orienta empresas quanto ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Por Dayane Machado - Depcom



A prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), controla o destino dos resíduos que as empresas descartam em determinados processos de produção. O governo municipal solicita a formulação e a aplicação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), o qual consiste num documento que orienta diretores, gerentes e funcionários quanto ao correto gerenciamento de resíduos em empreendimentos que geram resíduos industriais, de serviços de saneamento, de serviços de saúde, de mineração, resíduos perigosos e também em quantidades superiores a 600 litros por semana.
O PGRS deve conter as etapas de separação e classificação, acondicionamento, coleta, transporte e destino final. Além disso, é necessário que o documento indique como as empresas realizam o monitoramento das ações e o treinamento dos funcionários.
Segundo a analista ambiental da prefeitura, Gabriele Lohmann, o PGRS é de extrema importância para garantir a correta destinação dos resíduos: “assim as empresas contribuem para a preservação do meio ambiente, além de atender a legislação e evitar notificações, multas e demais medidas compensatórias lavradas pelos órgãos ambientais” - explica.
A aplicação do PGRS é obrigatória e fundamentada pela lei estadual nº. 12.493 de 1999 e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei Federal nº. 12.305/2010. Desde 2005, mais de 90 planos foram apresentados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A prefeitura requer o PGRS quando a empresa solicita a autorização ambiental de funcionamento. O setor de fiscalização ambiental também fiscaliza as empresas.
De acordo com a analista ambiental, para análise e aprovação do PGRS, é necessário preencher o requerimento na SMMA e protocolar no Bloco 7 da prefeitura. “O Plano é analisado pela equipe da SMMA. Caso seja necessário são solicitadas complementações através de um parecer”, conta Gabriele.
As respostas com as complementações podem ser encaminhadas via ofício e novamente protocoladas no Bloco 7. “Analisadas e não havendo mais pendências é emitida uma autorização ambiental declarando que o PGRS foi aprovado” - conclui.
A aprovação tem validade de 2 anos, caso ocorram ou sejam verificadas alterações no processo antes de vencida a autorização ele deve ser atualizado e novamente protocolado.
DENUNCIE
A população pode colaborar denunciando irregularidades por meio de ligações gratuitas para a SMMA 0800 645 0506 ou utilizando o canal da Ouvidoria Geral do Município 0800 641 3377.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

APÓS INTERMEDIAÇÃO DE ROMANELLI, MORADORES ADIAM PROTESTO NA BR 277

O protesto dos moradores lindeiros da BR 277, marcado para amanhã, foi temporariamente adiado, diante da informação do Secretário Luiz Cláudio Romanelli de que um projeto do DER, que contempla a adequação urbanística que beneficiaria mais de 3 mil moradores na altura do KM 109 ( Ferraria, Vila Pompéia, Cercadinho, São Luís e outros) teria sido enviado ao governo do Estado.
Os moradores que pretendiam paralisar o trânsito da BR 277, resolveram dar novo prazo de vinte dias para que o projeto seja avaliado pelo governo: “Ninguém pode acusar os moradores de serem intransigentes. Os moradores estão aguardando soluções diplomáticas para um impasse que dura anos”, afirmou o vereador Nelsão (PMDB – Campo Largo) que busca soluções junto com a comunidade para o problema. O Pastor Divino Silva, do Cercadinho, um dos líderes comunitários que pleiteiam as obras para solucionar o drama dos moradores com a falta de acessos, trincheiras e viadutos, afirma que a comunidade está mobilizada, mas confiam no bom senso das autoridades para resolverem o problema: “Eles tem que entender que não queremos prejudicar os cidadãos que trafegam na Rodovia. Os caminhoneiros, os cidadãos não tem culpa, mas se não nos deixarem alternativas, infelizmente, teremos que lutar pelos nossos direitos e iremos até o fim”, disse Silva. “Demos este último e definitivo prazo, como mostra de confiança no Secretário Romanelli e no Governo do Estado”, explica Wanderléia Ferreira, do Pompéia.
O vereador Nelson Silva de Souza espera que o problema seja resolvido sem que seja preciso paralisar a BR 277: “Seria um desgaste para todos, e acreditamos na mediação. Pelas informações que temos, se as lideranças optarem pelo bloqueio não será fácil destituí-las do objetivo até que seja encontrada um solução. A comunidade está no limite da paciência, afirmou.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Prefeitura convoca agricultores que têm interesse em vender produtos à merenda escolar

Por Dayane Machado - Depcom



Cidadãos devem comparecer na Casa do Agricultor na próxima quinta-feira
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, em conjunto com a Emater e a Cooperativa da Agricultura Familiar de Campo Largo (Cooperlargo), convida a todos os agricultores do município enquadrados na modalidade “agricultura familiar”, que têm interesse em vender seus produtos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), para que compareçam na próxima quinta-feira (26), na Casa do Agricultor, às 9 horas.
A Casa do Agricultor esta localizada na Rua Oswaldo Cruz, nº. 363.
É necessário que o agricultor apresente os seguintes documentos: CPF, RG, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), Nota de Produtor Rural (CAD-PRO) e comprovante de Cooperado da COOPERLARGO (os não cooperados poderão solicitar filiação até o dia da reunião).

MAIS INFORMAÇÕES: 3292-6470 ou 3292-9127

Metalúrgicos da Volkswagen de SJP se preparam para greve mais longa e implantam Fundo de Greve

Alerta: Vídeo apócrifo e fraudado deturpa fala do vereador Nelsão

O Mandato recebeu a informações de que um vídeo apócrifo circula em Campo Largo com a edição fraudada (cortada) de imagens de Nelsão em plenário fazendo suposta ameaça, sendo que o contexto da fala é justamento o contrário. O estilo denuncia a origem: uma vergonhosa artimanha através da fraude visando denegrir mais uma vez a imagem de Nelsão. Sem opção, o recurso é utilizar de meios criminosos, escusos, falsos, rasteiros, escondidos no anomimato, para denegrir a imagem do vereador. O mandato está empenhado em encontrar o vídeo e rastrear o IP de origem. Pelo método utilizado deduz-se a "seriedade" daqueles que se dizem íntegros. Quem é capaz de fazer isso, adulterar o conteúdo e o sentido de uma gravação, faz qualquer coisa.

Moradores de Campo Largo paralisarão BR 277

Após verem esgotadas todas as tentativas de solucionar os problemas da BR 277, no trecho que corta Campo Largo, com a abertura do acessos ou a construção de trincheiras, os moradores prometem se mobilizar para bloquear o trânsito da rodovia. A possibilidade de duplicação da BR 277 não contempla as necessidades dos moradores de vários bairros como Cercadinho, Pompéia e outros que continuarão sem possibilidade de acesso e retorno. A comunidade espera que o DER se posicione com relação ao problema. O prazo dado pelos moradores às autoridades para definirem uma solução concreta para o problema é dia 27.

A comunidade de Campo Largo atingida pelo problema e o mandato do vereador Nelsão agradecem ao empenho da equipe de jornalismo do Paraná TV Primeira Edição, da Rede Globo, que vem acompanhando o problema. Vejam o vídeo, em melhor qualidade, sobre o problema da BR 277, realizado pela RPC no dia 24 deste mês no linque

http://g1.globo.com/videos/parana/v/moradores-reclamam-do-fechamento-de-um-retorno/1517422/#/ParanáTV1/Curitiba/20110524/page/1


Ou aqui

Editorial: Pela independência dos movimentos sociais

Temos acompanhado com satisfação a criação do movimento Muda Campo Largo da iniciativa dos jovens e cidadãos campolarguenses. O elogio, no entanto, não significa atrelamento. A ausência de referências da iniciativa do movimento Muda Campo Largo de muitos temas relevantes que poderíamos abordar neste blog, manifestando apoio – como, por exemplo, entre outros, a melhor utilização dos espaços culturais e uma programação efetiva (e com recursos e democracia, óbvio) para difundir a cultura de nosso município - é resultado da concepção do mandato de que o aparato político não deve tentar “cooptar”, "roubar as bandeiras", ou manipular lideranças dos movimentos sociais com objetivos politiqueiros. Optamos por não tentar, mesmo de forma anônima, como muitos fazem, interferir em um movimento que partiu da sociedade civil organizada. Desta forma, podemos apoiar as iniciativas que nos parecem ancoradas nos legítimos anseios da população e coincidem com os princípios do mandato, sem fazer alarde e evitando que nos apropriarmos indevidamente do que não é nosso. Ou seja, acreditamos na independência do movimento. Podemos, desta forma, também criticar o que não nos parece adequado, mas jamais procurar a aproximação por interesse meramente político. Aprendemos isto pela recente experiência de partidos que tinham um amplo leque de debate junto aos movimentos sociais, e que após ascenderem ao poder, anularam a capacidade de critica, cooptando as lideranças com cargos e benesses, promovendo uma verdadeira desmobilização da sociedade civil organizada que resultou nesta pasmaceira que o país está vivento onde ninguém questiona nada, apesar dos absurdos que ocorrem.
Defendemos o diálogo com as iniciativas populares, mas antes de tudo, a independência dos movimentos sociais. Isto, evidentemente, não impede que militantes que desejem atuar em outros espaços como partidos políticos também exerçam sua militância junto aos movimentos sociais, mas é preciso deixar claro o que é militância política-partidária, do que é a independência dos movimentos sociais. São processos distintos. O período de maturação dos movimentos sociais é longo, já que partimos de uma sociedade “anestesiada”, iludida muitas vezes pela “publicidade oficial”, desmobilizada e desacreditada em qualquer forma de luta. A interferência na organização dos movimentos sociais pelos interesses políticos imediatos, mostrou-se desastrosa ao longo da história de nosso país. Cidadãos conscientes podem optar pelas suas correntes políticas e pela militância nos movimentos sociais, mas a independência como um todo dos movimentos sociais é reflexo do amadurecimento da sociedade: não importa quem esteja no poder, é de suma importância que existam núcleos de pessoas que mantenham sua capacidade crítica além das conveniências políticas, concordemos ou não com elas. E por isso, em atitude de respeito ao movimento, nos reservamos ao direito de rebatermos as críticas quando achamos indevidas, e apoiar, mesmo que não explicitamente, sem fazer referência para não nos aproveitarmos oportunisticamente de suas bandeiras, ou de suas iniciativas. Devemos ser maduros politicamente para entendermos que estamos sujeitos a criticas, muitas delas consistentes. Isto nos ajuda a aprimorar nosso mandato e realizarmos nossa auto crítica. E o movimento também está sujeito a críticas no sentido de que possamos oferecer-lhes outras perspectivas de compreensão da realidade social. E só se consegue isto, mantendo a independência. E damos um exemplo: organizar a sociedade em torno de uma questão de infraestrutura como os buracos das ruas da cidade é uma iniciativa válida, mas insuficiente. Seria mais importante o asfalto ou a creche? O asfalto ou a escola? Do ponto de vista do cidadão de classe média, o que utiliza o automóvel para tudo, o asfalto é uma prioridade imediata e consequentemente aquela que mais rende dividendos políticos, tanto é que, nos anos finais das diversas administrações promove-se o famoso “canteiro de obras”, e ai todo mundo esquece o resto. Coloca o asfalto e pronto. Pode ficar sem creche, sem escola, sem um sistema de saúde digno...mas todo mundo está satisfeito, afinal o asfalto esta uma beleza. Ao centralizar esta questão, o movimento fortalece uma visão imediatista e parcial de uma realidade social perversa. Mas o entendimento poderia ser outro: ainda que houvesse o “sacrifício” momentâneo do asfalto, seria legítimo optar por um sistema de educação, cultura, saúde, transporte público etc, de excelência, que pudesse oferecer perspectivas a longo prazo de evolução social, ao invés de uma demanda imediatista, ainda que legítima, da classe média ou do cidadão comum. O pior mesmo é ficar sem uma opção nem outra.

Infelizmente, devido ao modelo econômico de nosso país (que contingência brutalmente os recursos dos municípios) somado à falta de visão, perda de recursos por incompetência, corrupção e falta de profissionalismo de nossas administrações estaduais ou municipais, muitas vezes somos obrigados a escolher entre uma coisa e outra, e isto não vai mudar de uma hora para a outra por mais que a gente queira. E por pior que seja, é melhor andar em ruas com buracos do que deixar uma criança morrer sem atendimento num posto de saúde. E é este dilema que muitas vezes bate a porta dos parlamentares: os votos ou o planejamento? Os votos ou o que é realmente essencial? E não é a toa que as pessoas se mobilizem com mais facilidade diante de um problema como a pavimentação do que para exigir, por exemplo, mais vagas para as creches ou a melhoria do sistema de ensino. Ao elencar a demanda como prioritária, esquece-se de que seria importante debater simultaneamente um sistema de transporte público de qualidade, e não o transporte baseado exclusivamente no individualismo do sistema automotivo, que gera poluição, acidentes, etc. E qual tipo de asfalto se está falando ? Um que impermeabiliza toda a cidade, sem deixar vazão para a absorção da água? Ou outra solução tecnológica inovadora que permita uma melhor solução do ponto de vista ambiental, como já existe em alguns países europeus? Custa caro? Custa, mas seria o preço a ser pago mesmo que à longo prazo. Não deveríamos debater veículos leves sobre trilhos (VLT), cujo custo ambiental é muito menor, menos oneroso à longo prazo e com maiores resultados para o transporte de massa, independente do asfalto? Mas este debate parece distante de uma sociedade que pensa só no imediato.
Este é apenas um exemplo de que, com independência e diálogo com os movimentos sociais, sem nunca se considerar como o único dono da razão, poderíamos construir, de forma democrática, alternativas que levassem em conta os vários aspectos de uma administração realmente voltada para o que é mais importante para o nosso município, sem, no entanto, desabonarmos a iniciativa de cidadãos que realmente estão interessados no desenvolvimento de nossa cidade e políticos que se alinham nesta mesma perspectiva, cada qual a seu modo. É um a engano achar que o mandato do vereador Nelsão é somente dele. Um mandato só tem sentido se carregar o peso da representatividade de um coletivo que muitas vezes até se opõe a uma visão imediatista. Que quer debater, discutir, ouvir a comunidade. Ou seja, não só o Nelsão, como representante eleito, mas todos aqueles que pretendem debater com profunidade a cidade e apresentar propostas. O vereador é apenas um elo desta corrente. Por mais que não tenha lá o seu português de nível superior...isso não é o mais importante. O importante é saber ouvir e apoiar as iniciativas realmente importantes.

Coletivo do Mandato do Vereador Nelsão

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nelsão e comunidade a frente da solução dos problemas da BR 277


Protesto dos moradores realizado em fevereiro deste ano na BR 277 - Nelsão e a comunidade em busca de soluções.


Reunião entre moradores de Campo Largo, vereador Nelsão e a direção da CCR-Rodonorte realizada este ano.


Nelsão com diretores da Rodonorte na BR 277, em março: cobrando soluções.


"O vereador Nelsão, juntamente com a comunidade, vem buscando alternativas para a solução definitiva dos problemas no trecho da BR 277 que corta Campo Largo há vários anos. Este ano, uma paralisação e um protesto visual com ato simbólico, foram realizados, além de intensas negociações com a CCR-Rodonorte, o DER e o governo do Estado. A solução dos vários problemas é uma obrigação da empresa e do Estado, independentemente da renovação ou não do contrato, diante do descaso em que foi deixada a população desde que o pedágio foi constituido, com inúmeras mortes que são da responsabilidade dos entes públicos e privados que permitiram um contrato com preços extorsivos, e a redução do pedágio na era Lerner às vésperas da eleição, as custas das vidas dos moradores e dos acidentes fatais que ocorreram no trecho. A luta de Nelsão incluiu a denúncia da grave situação à imprensa e na Câmara de Campo Largo,que contou com o apoio unânime dos(as) vereadores (as). "Um problema histórico está para ser resolvido, graças a mobilização da comunidade e o empenho de nosso mandato. O levantamento desta questão é uma demonstração de que a comunidade unida com e com representatividade pode fazer a diferença, afirmou Nelsão"

Gazeta do Povo: Negociação do pedágio prevê antecipação de obra

Negociação do pedágio prevê antecipação de obra


Governo deseja que a Rodonorte construa ainda neste ano um contorno rodoviário na BR-277 para desviar tráfego pesado de Campo Largo


A primeira alteração no contrato de pedágio do Paraná pretendida pelo governo de Beto Richa está praticamente acertada: a construção de um contorno rodoviário em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, que tiraria do perímetro urbano todo o tráfego pesado da BR-277. A obra está prevista para ser iniciada somente em 2014, mas deve ser antecipada para 2011 em razão dos congestionamentos e do alto índice de acidentes. A negociação faz parte de um acordo para a revisão dos contratos de concessões de rodovias, que teve como ponto de partida a suspensão temporária de 140 ações que tramitam na Justiça, conforme antecipou ontem a Gazeta do Povo.

Além de analisar possibilidades técnicas para a redução das tarifas de pedágio, o governo garante que não abre mão de antecipar obras e até mesmo incluir novas construções no contrato. Para adiantar o contorno de Campo Largo, o governo propõe protelar a duplicação do trajeto entre Jaguariaíva e Piraí do Sul, nos Campos Gerais, prevista para iniciar neste ano. As duas obras são de responsabilidade da concessionária Rodonorte, que administra o trecho.

O secretário de estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, conta que está sendo avaliada qual obra é mais importante, no atual momento, para o Paraná. “Um dos aspectos que analisamos é o fluxo de veículos. E o tráfego é muito mais intenso no trecho de Campo Largo”, explica. No trecho da BR-277 que corta Campo Largo passam 35 mil veículos por dia enquanto que no percurso entre Piraí do Sul e Jaguariaíva são 5 mil.

Saiba mais
Governo estadual pretende antecipar a construção de um contorno em Campo Largo. Governo quer duplicar BR-277

Na mesa de negociação entre concessionárias e governo para modificar os contratos de pedágio está a inclusão de novas obras. E a principal delas, conta o secretário de estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, deve ser a duplicação de toda a BR-277. Atualmente apenas 196 dos 731 quilômetros da rodovia, que corta o Paraná de Foz do Iguaçu a Paranaguá, são duplicados. A inclusão da obra ainda está longe de ser definida porque dependeria, entre outros fatores, de um levantamento técnico para calcular o impacto da inclusão. Uma pretensão que o próprio secretário considera muito otimista seria contar com todos os 2,5 mil quilômetros do Anel de Integração – que são as rodovias pedagiadas do estado – duplicados, mas a proposta não está descartada.

Além de novas obras, o governo negocia a antecipação de outras, já previstas em contrato. É o caso da duplicação do trecho entre Cascavel e Medianeira, no Oeste do estado, e da construção do contorno de Mandaguari, no Norte do estado. Esse desvio já deveria estar pronto, mas entraves nas desapropriações de áreas, que deveriam ser determinadas pelo governo estadual, atrasaram as obras.

Nova rodovia

O contorno de Campo Largo deve ter 11 quilômetros por meio de uma nova rodovia a ser construída. O desvio deve começar no fim da serra de São Luiz do Purunã e terminar logo após o término do perímetro urbano de Campo Largo. O traçado preciso ainda não está definido. Depois da conclusão do contorno, o trecho que hoje corta a cidade de Campo Largo passará a ser administrado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Assim, quem vem do interior para a capital não passará mais, por exemplo, pelo semáforo que existe no trecho urbano da rodovia e geralmente causa congestionamento em feriados prolongados. Na semana de Páscoa, por exemplo, a fila de veículos chegou a 22 quilômetros. A quantidade de acidentes também preocupa. Em 2010, foram 205 colisões, com 103 vítimas, sendo três mortes. Se comparados os percursos no sentido capital e interior, a pista que passa por dentro de Campo Largo concentra 71% dos acidentes. As batidas são predominantemente colisões traseiras, típicas de movimento com alto fluxo.
A construção do contorno deve atender uma reivindicação de moradores de Campo Largo que tiveram um acesso secundário fechado em janeiro. Os motoristas precisam agora fazer um retorno que prolonga a viagem em 1,6 quilômetro. A partir da nova obra, o acesso poderia ser liberado.

Richa admite prorrogar contratos

O governador Beto Richa declarou ontem em entrevista a Rádio CBN que a prorrogação dos contratos de pedágio – que atualmente têm validade até 2022 – não está descartada na negociação para ampliar obras e diminuir preços. “É uma hipótese sim. Não afasto essa possibilidade, porque milagre não existe. Ninguém vai baixar tarifa e investir recursos vultosos na melhoria da infraestrutura dessas rodovias, sem uma contrapartida. E acho que os usuários não se preocupam na duração desses contratos de concessão. Querem saber se o preço é acessível e se as rodovias estão em bom estado”, disse.

O secretário estadual da Infraestrutura e Logística e ir­­mão do governador, José Richa Filho, é mais cauteloso. “Não dá para falar em prorrogação de contratos antes de falar em obras e mais transparência. Pri­­meiro o usuário precisa ver mais claramente os benefícios”, declarou. Um projeto de lei para proibir a prorrogação dos contratos foi apresentado na Assem­­bleia Legislativa no ano passado, mas acabou sendo considerado inconstitucional. Há uma cláusula nos contratos que prevê a possibilidade de os acordos serem renovados por 25 anos.

O levantamento técnico que apontará o valor final das obras ainda não foi realizado. O governo está segurando a autorização do início da obra na PR-151 para negociar a substituição. Ainda faltam detalhes, mas, como se trataria de uma troca, a alteração é dada como certa. “Não dá para começar a negociar pontualmente, uma obra ou outra, sem termos avançado nas conversas sobre os contratos”, argumenta o secretário.

Trégua judicial divide opiniões na Assembleia
A trégua entre o governo e as concessionárias causou polêmica ontem no plenário da Assembleia Legislativa. Enquanto a base governista defendeu a abertura do diálogo com as empresas, deputados oposicionistas criticaram os altos lucros das empresas.
Autor da proposta de criação de uma nova CPI do Pedágio na Casa, que não foi aceita pela atual mesa executiva, Cleiton Kielse (PMDB) afirmou que nenhuma empresa do mundo estaria disposta a mexer em “um lucro de 80%”.

“Os paranaenses ainda vão penar muito com o pedágio”, disse. Já o petista Péricles de Mello classificou como “excrescência” e “crime absurdo contra a economia popular e o interesse público” os pedágios no Paraná. “As concessionárias saquearam os paranaenses e ainda vamos bater palmas?”, questionou Elton Welter (PT).

“Não podemos voltar aos discursos vazios que resultaram no estelionato eleitoral do ‘baixa ou acaba’. Inicialmente, numa mesa de negociações, não se pode haver imposições”, rebateu o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

BRs têm 21 pontos de maior perigo

Levantamento mostra que grande parte dos acidentes em estradas federais é registrada próxima a centros urbanos e com trechos bem conservados
Vinicius Boreki

Trechos bem conservados próximos a grandes centros urbanos são os mais perigosos dos 3,5 mil quilômetros da malha viária federal do Paraná. Levanta­mento feito pela Gazeta do Povo com base em dados de 2010 do Departa­mento Nacional de Infra­estrutura de Transportes (Dnit) re­­velou 21 pontos com grande incidência de colisões e atropelamentos, além de outros 12 no caminho até São Paulo e Florianópolis, as capitais mais próximas de Curitiba. Ao todo, os 21 trechos paranaenses somaram 5,1 mil acidentes e os catarinenses e paulistas alcançaram quase 6,3 mil ocorrências.

Nas áreas mais perigosas, um dos fatores responsáveis é o traçado das estradas passar ou dividir cidades, ampliando seu tráfego no perímetro urbano. A BR-277, na saída de Curitiba para Ponta Grossa, é exemplo disso. A CCR Rodonorte, concessionária administradora do trecho, informa que a média de circulação diária entre os quilômetros 94 e 114 (do Parque Barigui a Campo Largo) é de 54 mil veículos, número equivalente ao tráfego no restante da rodovia no feriado de Páscoa. Com base no levantamento, os 10 quilômetros a partir do parque registraram 237 acidentes.

Saiba mais
Paraná é o 3º do Brasil em óbitos em rodovias

O Paraná é o terceiro estado do Brasil em número de mortos em estradas, atrás apenas de Minas Gerais e Bahia, estados reconhecidos pela extensão da malha viária. Embora tenha crescido em 21% o índice de acidentes e de mortes de 2009 para 2010, o estado apresenta condição menos violenta que à encontrada no país.

Conforme o inspetor Wilson Martines, da PRF, a morte no trânsito depende do chamado “minuto de ouro” ou “hora de ouro”. “Cada minuto após o acidente, potencializa o risco de morte. Quanto antes ocorrer o socorro, maior a chance de preservar a vida”, diz. A diferença, segundo o inspetor, se deve ao uso do helicóptero da corporação. Em 2009, foram 462 resgates, contra 427 no ano passado –, mas o veículo permaneceu por três meses sem voar.

Vale ressaltar, no entanto, que, as estatísticas da PRF divulgadas pelo Dnit, consideram o óbito do acidente apenas quando a pessoa morre no local ou durante o atendimento. Se falecer após ser encaminhada ao hospital, não consta no levantamento.

Melhorias
Investimento cresceu, mas não é suficiente

Cresceu em 929% o investimento do Dnit na conservação e restauração de rodovias em nove anos. De R$ 10,6 milhões em 2002, o valor investido no ano passado saltou para R$ 109,3 milhões. A manutenção consiste em trabalhos mais simples, como roçada, tapa-buracos e pintura, além da conservação da sinalização horizontal e vertical. A restauração se trata de trabalho mais complexo, como a troca de pavimento, correção do traçado de uma curva e a execução das chamadas obras de arte (tubulações, viadutos e pontes). O Dnit admite que orçamento não é suficiente para todas as rodovias.

Treze estradas receberam melhorias no ano passado. Ao todo, aproximadamente 1,2 mil quilômetros sofreram intervenções. O maior valor – de R$ 15 milhões – foi destinado à BR-487 entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão. Conforme o órgão, são usados critérios técnicos na escolha da via, como o histórico, as previsões iniciais do projeto, o interesse social e econômico, além do tráfego e número de acidentes registrados.
O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Wilson Martines aponta a dificuldade de fiscalização no perímetro urbano das grandes cidades, como em Maringá, onde a BR-376 em dois quilômetros se transforma em uma avenida. “Estamos fazendo convênio entre a PRF e a prefeitura para que o município possa exercer a fiscalização. No entanto, a AGU [Advo­cacia-Geral da União] e o TCU [Tribunal de Contas da União] exigem parâmetros bem elevados”, diz. “Às vezes, por causa de pequenos detalhes, esses contratos deixam de ser celebrados”, explica.

Causas

Nem mesmo a melhoria na conservação das estradas com as concessões federais diminuiu as ocorrências no Paraná. Segundo o Dnit, em 2009, o Paraná registrou 56,2 mil acidentes, com 559 óbitos no local. No ano passado, foram 71,2 mil acidentes e 708 mortes. O acréscimo de 21% no índice de acidentes em um ano é três vezes superior ao aumento da frota do estado, que subiu 7%. Por isso, um dos problemas encontrados é justamente a fiscalização. Em 2009, devido à ação do Ministério Pú­­blico Federal, a PRF aumentou sua malha de atuação de 1,1 mil quilômetros para 3,5 mil.

Com maior extensão, não houve compensação do efetivo. “O contingente policial está abaixo do necessário. O número ideal seria de 1,1 mil ou 1,2 mil e hoje contamos com cerca de 750 policiais”, diz Martines. A necessidade de vigilância tem o objetivo de frear o principal responsável pelos acidentes: os motoristas. “Houve melhora da rodovia e dos veículos, e os acidentes continuam. Hoje, o conforto cria ambiente de monotonia no veículo, levando ao relaxamento”, diz Altamir Coutinho, perito criminal e chefe da Seção de Locais de Acidentes de Trânsito do Instituto de Criminalística do Paraná.

Há consenso entre policiais e quem atende às vítimas de acidentes que, das três possíveis causas de um acidente (rodovia, automóvel ou condutor), a maior possibilidade de erro é de quem está ao volante. “Quando a estrada está em má conservação, os acidentes causam menos danos porque acontecem em menor velocidade. Quando existem melhores condições, ocorrem abusos”, diz Martines.

Coutinho, contudo, ressalta que nem sempre um fator isolado consegue esclarecer as ocorrências. Nas rodovias urbanas, a grande presença de aglomerações urbanas tende a potencializar o risco de atropelamentos, como na BR-277 na saída para o litoral. “Investir em educação e campanhas parece algo repetitivo. Mas há fundamento nisso porque transforma a mentalidade das crianças, o que acaba, muitas vezes, chegando ao adulto”, diz Coutinho.

Desatenção e pressa

Psicóloga e mestre em Psicologia sobre Danos Psicológicos de Acidentes de Trânsito, Fabíola Garcia da Silva Merisio argumenta que como as rodovias federais são em sua maioria duplicadas fazem com que os condutores se sintam mais seguros, desviando a atenção a outros recursos, como o celular ou o DVD automotivo. “É nesse momento em que as pessoas se desligam, acham que conhecem a estrada e não evitam os acidentes”, explica. Outro fator preponderante, na avaliação da psicóloga, é a pressa em chegar ao destino e o foco em resolver ou planejar atividades secundárias.

Fonte: Gazeta do Povo

Seis pessoas são presas no PR em operação contra fraudes em licitações para compra de medicamentos

Além do Paraná, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia são alvo da ação da Polícia Federal
Fernanda Leitóles e Agência Estado

ImprimirEnviar por emailReceba notícias pelo celularReceba boletinsAumentar letraDiminuir letraSeis pessoas foram presas no Paraná em uma operação contra fraudes em licitações para a compra de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), na manhã desta segunda-feira (16). A ação foi desencadeada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os mandados de prisão no estado foram cumpridos em Santa Helena, São Mateus do Sul, Agudos do Sul e Ventania. A PF cumpriu ainda um mandado de busca e apreensão na sede da prefeitura de Matinhos, no litoral do Paraná. Todos os mandados no Paraná já foram cumpridos.

Além do Paraná, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia são alvo da operação da PF. No total, são 64 mandados de prisão. Pelo menos 51 deles foram cumpridos até o meio-dia. Foram 25 no Rio Grande do Sul, seis no Paraná, três em Santa Catarina, três no Mato Grosso e 11 no Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, os investigados atuavam no desvio de verbas públicas destinadas pelo Governo Federal para a compra de medicamentos por prefeituras. Os remédios deveriam ser distribuídos entre as populações carentes.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Matinhos informou que os documentos apreendidos estavam relacionados com a compra de medicamentos e as licitações feitas no município. As primeiras informações da prefeitura davam conta de que a PF apreendeu documentação da gestão de 2005-2009 e também da atual.

Esquema

Empresas suspeitas de participar do esquema venciam licitações para a compra de medicamentos e insumos oferecendo preços baixos e cometiam irregularidades na entrega dos produtos.

Entre as irregularidades constatadas nas investigações da PF e da CGU estavam a entrega de quantidade menor do que a descrita na nota fiscal, entrega de medicamentos com a data de validade quase esgotando e a emissão de notas ficais que depois eram anuladas. Essas notas estavam sem os carimbos dos postos fiscais e com preços superfaturados, de acordo com a CGU.

As investigações demonstraram que havia servidores municipais envolvidos no esquema e que, em muitas vezes, não houve controle do estoque nas farmácias das prefeituras.

Em 22 municípios foram constatadas irregularidades, em 2009 e 2010, porém não foram citados quais eram eles. O prejuízo aos cofres públicos chega a 3 milhões.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br

Atividades diferentes animam participantes do Cras Ferraria


Por Bruna Carneiro- Depcom
O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) – Ferraria organiza, frequentemente, atividades diferentes do cronograma natural para atrair mais participantes, entre elas passeios culturais e festas comemorativas. No dia 05 deste mês, as mães foram homenageadas com confraternização no programa. Cerca de 50 mulheres participaram do encontro, que teve como ponto alto o show de prêmios que sorteou vários brindes e no dia 30 de abril foi realizado um passeio ao Jardim Botânico com os participantes dos grupos socioeducativos, com faixa etária entre 11 e 17 anos.
A dedicação e empenho da equipe do Cras são vistas com carinho pelos frequentadores. "Obrigada equipe do CRAS, pois sempre lembram de nós, promovendo atividades de descontração e união entre a comunidade" diz dona Helena Riberio.
De acordo com a coordenadora do Cras, Viviane Marques, o objetivo destas atividades é promover a interação entre os membros efetivos do Cras e da comunidade em geral. “É necessário este tipo de encontro para que conheçam e convivam com as diferenças”, finaliza.

Agentes Comunitários de Saúde devem se apresentar no próximo dia 18

Os Agentes Comunitários de Saúde devem se apresentar no próximo dia 18 de maio, às 9h no auditório do Centro Administrativo da prefeitura. O não comparecimento será entendido como desistência do concurso, acarretando a perda da vaga.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Entrevista vereador Nelsão

Entrevista vereador Nelsão

Blog – Vereador, como esta sua defesa com relação à denúncia que foi acatada pela Comissão de Ética da Casa?

Nelsão – Aceitaram a denuncia, apesar das vereadoras da própria comissão terem afirmado em plenário não terem visto nenhuma agressão. Mudaram o “foco”: agora é “tentativa” de agressão e repercussão na mídia. Mas quem repercutiu na mídia, sem espaço para o contraditório, não fomos nós. Todos falam no tal vídeo, pelo qual não se pode comprovar nada, como demonstrou nossa defesa. Aliás, mostra o vereador Wilson Andrade avançando sobre mim. Mas ainda pediremos uma perícia nas imagens, porque nos sonegaram o teor original da gravação e só nos concederam as imagens da Casa depois de muito tempo, depois que o “circo” já estava montado, sem chance de defesa em tempo real. As imagens da casa demonstram que não houve agressão nenhuma. Durante o processo, houve vazamento de informações aos meios de comunicação aliados e declarações que demonstram a parcialidade de quem nos julga desde o início. Muito antes que eu pudesse me defender, já haviam feito o julgamento através dos jornais que inicialmente não me deram a oportunidade de defesa.

Blog – O senhor fala que houve premeditação, como assim?

Nelsão – Havíamos feito várias denúncias na Casa. O vereador Darci Andreassa havia questionado a situação de irregularidade do departamento jurídico na Câmara, foram solicitados documentos das administrações da Câmara em gestões passadas onde alguns dos atuais funcionários participaram, que nos foram negados inicialmente; houve o questionamento sobre a conduta do jurídico com relação ao trâmite de documentos no Legislativo. Além disso, nosso mandato estava se destacando com a procura de soluções estruturais para a BR 277, o asfalto comunitário entre outros projetos. Então, nossos adversários políticos, sem projetos e vendo a Casa cair, não encontraram outra alternativa, senão desviar o foco das atenções...Ai fizeram uma falsa denúncia, comprovadamente falsa por próprio documento da Casa, e depois premeditaram a encenação...

Blog – E quem teria participado disso?

Nelsão – Sabemos que é necessário um programa especial para editar o vídeo, e a rapidez com que foram divulgadas as imagens editadas, logo no outro dia, sem o desmentido da Casa da denúncia sem fundamento, aliás confirmando; falta de espaço para o contraditório em veículos atrelados aos adversários, tudo isto dá indícios de que eles já estavam preparados para fazer o que fizeram, já tinham uma estratégia montada, que era denegrir minha imagem. Isto não se faz em tão curto espaço de tempo e com pouca gente...

Blog – Os adversários fazem críticas com relação ao comportamento da população nas sessões da Câmara...

Nelsão – Nós nem fomos para as ruas, não fizemos sequer um folheto para explicar para a população o que de fato aconteceu. Quem conhece meu estilo de fazer política, sabe que conversamos direto com o povo. Então, nós poderíamos ter feito isso, era nosso direito, já que a imprensa aliada de nossos adversários não nos deu espaço em tempo e foi claramente tendenciosa no julgamento antes de se constatar a veracidade das provas. Quer dizer que qualquer cidadão coloca um vídeo na internet, vincula em rede nacional e isto se torna verdade, sem contestação, sem perícia, sem se dar o espaço ao contraditório? Vejam o quanto é perigoso isso: pode ser qualquer um, e até você explicar que as imagens não correspondem à realidade, ou foram editadas, narradas tendenciosamente, ou o ângulo de filmagem facilitou uma interpretação equivocada e pronto, você já é um criminoso, julgado e condenado? Nossa defesa, por enquanto, foi só na Casa e em nosso blog. Nós temos responsabilidade, nunca quisemos expor o Legislativo mais do que já foi exposto pelos adversários, que na sanha de conseguirem seus intentos criaram este clima de animosidade e pouco estão se importando para as conseqüências. Ao contrário deles que foram em rádios e meios de comunicação para “insuflar” a população, nós não convocamos ninguém e as pessoas estão indo porque querem. Sabemos, por lidar no meio sindical, que é muito perigoso estimular de forma tendenciosa a população. Vejam em nossas entrevistas, se alguma vez fizemos isto. Mesmo aqui em nosso blog, pedimos para alguém ir lá nos defender? Não fizemos isto. Agora, a população se manifesta, como já se manifestou na Assembléia Legislativa do Paraná, diante das irregularidades, em outros espaços públicos e em votações polemicas. É um direito dos cidadãos. Claro que precisamos manter a civilidade e o respeito, e fui eu que mais pediu para que os ânimos fossem contidos em quaisquer circunstâncias. Falo com as pessoas na rua sobre isso. Peço que não revidem às provocações. Os adversários dizem que sou uma pessoa sem controle emocional, mas somos nós quem mais temos tido responsabilidade na condução deste processo, mesmo achando que estamos sendo injustiçados. E se mandássemos para a imprensa nacional as imagens internas da casa que desmentem a versão de nossos adversários? Na convenção do Basso, colocamos facilmente mais de 400 pessoas no evento. Temos esta capacidade de mobilização, mas não fizemos isto. Aí iríamos expor ainda mais a Casa. Não fizemos isso. Não vazamos informações, agimos conforme nos determina a conduta ética e estamos nos defendendo dentro dos parâmetros da legalidade. Então, quem é culpado por tudo isto? É quem está criando um clima de confronto, querendo jogar toda a cidade contra mim. Estão esquecendo que sou o vereador mais votado da história do município, que fiz centenas de reuniões na casa de centenas de moradores, que as pessoas me conhecem, que nunca faltei com o respeito com ninguém, que procurei sempre atender bem as pessoas, que nunca dei as costas par ao povo. E aí, do dia para a noite, querem me transformar num ser diabólico, sem dar chance para que eu me defenda? E acham que as pessoas vão aceitar isso passivamente, ainda mais quando premeditadamente criaram este clima de confronto? O povo é inteligente e sabe que estou sendo vítima de uma armação. Querem que eu faça o quê? Que impeça o povo de ir às sessões? E nem estou pendido publicamente para irem à Câmara, agora eu não posso impedir que vão. O que eu estou pedindo é que se as pessoas se quiserem se manifestar que se manifestem dentro da ordem, sem qualquer tipo de vandalismo. Isso não é do nosso interesse, mas do interesse dos nossos adversários. Eles insuflam para provocar a desordem para poderem me culpar. O que nós estamos fazendo, como sempre fizermos, é trabalhar por Campo Largo, tentando resolver os problemas da BR 277, aprimorando os projetos, apoiando o que deve ser apoiado e criticando o que achamos que não está certo. Não deixamos de trabalhar. Esta sempre foi nossa postura e se existe algum desgaste...não somos nós que estamos provocando.

"Falsos sindicalistas" conseguem maior participação de lucros e resultado do País na Volvo

Muitas vezes, adversários políticos tentam desqualificar Nelsão porque ele é sindicalista. É no mínimo ridículo, lembrando que recentemente tivemos um presidente, considerado um dos melhores que o País já teve, que era sindicalista. O pejorativo vem da temeridade pela capacidade de organização popular e da classe trabalhadora, e enfrentamento mais contundente com os grandes grupos de poder. Coisa que não interessa a quem defende o outro lado. Bom, ai está a resposta àqueles que não entendem, por preconceito ou má intenção, a função de um sindicalista: lutar pelos trabalhadores, defender os seus direitos. Assim como qualquer outra atividade laboral, só avança quem se dedica, tem capacidade de articulação, quem enfrenta os desafios. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado a Força Sindical, ao qual Nelsão pertence, tem se destacado justamente por isso. Quem espera que as coisas caiam do céu sem mobilização...pode esperar sentado. Estes, são "falsos cidadãos", "falsos políticos" e por ai vai. Vão na porta da Volvo falar em "falso sindicalista" e vão ouvir poucas e boas. Ao invés de twittar, vai lá! Os trabalhadores conseguiram, juntamente com o sindicato, o melhor PLR do País. Do país, entenderam? E quen está sentado ai na poltrona, em frente ao tecladinho ou mamando nas "tetas" da Cocel ou outra empresa pública, conseguiu o quê de melhor para o país? Falar é uma coisa, fazer é outra. É mais fácil querer subir na vida "lambendo bota", só criticando porque é fácil, mamando nas "tetas do poder", do que acordar cinco horas da manhã para ir para a porta de uma fábrica para defender os direitos de uma categoria. Em resposta às críticas, o trabalho e um recado a quem não tem o que fazer e quer subir de carona na vida nas costas dos outros, sem ética e profissionalismo: cumprir horário no serviço público pelo qual foi contratato para trabalhar, porque na iniciativa privada ia continuar com 150 pilas por bajulação, e olha lá que é muito. A matéria é de Luciana Cristo, do IG do Paraná.

Trabalhadores da Volvo fecham maior acordo de participação de lucros e resultados (PLR) do setor privado no País, com R$ 15 mil

Depois de assinar o maior acordo de participação de lucros e resultados (PLR) do Brasil no setor privado, os 3,2 mil metalúrgicos da fábrica da Volvo em Curitiba que estavam em greve desde o início desta semana decidiram voltar ao trabalho. A decisão ocorreu em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira.


A proposta final aprovada pelos trabalhadores foi discutida entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba na tarde desta quarta-feira, em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR). O acordo foi fechado com o valor de R$ 15 mil de PLR para 100% das metas atingidas.

Dessa forma, a primeira parcela do PLR será paga na semana que vem, no valor de R$ 7 mil. A segunda parcela, dependendo das metas, fica para fevereiro de 2012. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este é o maior acordo do gênero já feito no País.

Durante os três dias de greve, a fábrica da montadora na Cidade Industrial de Curitiba deixou de produzir 372 unidades automotivas, entre caminhões e ônibus.

Greve na Volkswagen


Agora é a vez dos 3,8 mil metalúrgicos da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, cruzarem os braços. Depois de assembleia da categoria às 5h da manhã desta quinta-feira, os trabalhadores rejeitaram proposta da empresa de pagamento de R$ 4,6 mil para a primeira parcela do PLR, sem estimativa de quanto deve ser a segunda parcela.

Com a paralisação, vão deixar de ser produzidos 810 veículos diariamente na fábrica. Uma nova assembleia dos trabalhadores foi marcada apenas para a próxima segunda-feira. Até lá, eles não devem voltar ao trabalho.

Celso Nascimento: A atração fatal das OSCIPS

Não é de hoje que se sabe que muitas Organi­­zações da Sociedade Ci­­­vil de Interesse Público servem mais ao interesse privado do que àquele inscrito em seu próprio nome. Ao deflagrar a Ope­­­ração Dejavu, identificar Oscips com atuação no Paraná e em outros estados, prender seus dirigentes e alguns agentes públicos, a Polícia Federal apenas comprovou as suspeitas.

De fato, em outubro de 2009, esta coluna revelava atuação de algumas dessas Oscips, descrevia seus métodos e mostrava o quanto de dinheiro público poderia estar sendo criminosamente desviado – graças, principalmente, ao conluio com prefeituras grandes e pequenas. Uma das organizações citadas era, justamente, a Ibidec (Instituto Brasileiro de Integração e Desenvolvimento Pro-Cidadão), com sede em Curitiba e, naquela época, contratada pela prefeitura de Curitiba e por alguns pequenos municípios do estado.

Dados do Tribunal de Contas apontavam que, nos cinco anos anteriores, o tal instituto havia arrecadado perto de R$ 130 milhões. Só do minúsculo município de Itaipulândia, no Oeste do estado, registrava-se faturamento de R$ 30 milhões. O Ibidec e sua diretoria está presente no inquérito da PF com destaque, assim como a Adesobras (Agên­­cia de Desenvolvimento Edu­­cacional e Social Brasileira), que, de 2005 a 2010, manteve vultosos contratos com a prefeitura de Curitiba.

As operações costumam parecer envolvidas pela capa de rigorosa legalidade. Oscips são entidades do chamado “terceiro setor”, protegidas por algumas facilidades que não são concedidas a empresas privadas – embora, na prática, como já se demonstrou, atuassem como tal. Por exemplo: não precisam passar por processos licitatórios para obter contratos com instituições públicas.

As Oscips exercem grande poder de atração sobre prefeituras em dificuldades para cumprir, por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal. A LRF as obriga a não gastar mais do que determinados limites com o funcionalismo, enquanto que a Constituição define índices mínimos de gastos com educação e saúde. Como fazer para compatibilizar tais obrigações na aparência contraditórias?

Fácil: contrata-se uma Oscip para prestar serviços, por exemplo, na área de saúde. O que ela faz? Emprega e terceiriza a mão de obra que a prefeitura legalmente não poderia pagar. Ao mesmo tempo, a prefeitura contabiliza o gasto como “despesa de saúde” para atender o que preceitua a Emenda 29 da Constituição Federal. Com educação, o mesmo “jeitinho”.

Claro que isso tem um custo adicional: a Oscip cobra uma “taxa de administração”, normalmente exorbitante (superior a 20% do valor do contrato) para prestar o suposto serviço. Se uma parte dessa “taxa de administração” acaba caindo nos bolsos dos agentes públicos que contrataram as organizações é coisa de que também se suspeita.

Fonte: http://www.jornaldelondrina.com.br

Câmara de Londrina temia problemas com Ocips da Saúde

O vereador Gerson Araujo lembra que a realização de debates sobre o assunto e encaminhamento de pedido de informações sobre convênio com os prestadores provam a preocupação da Casa com as Ocips


"É lamentavél o que está ocorrendo em nossa cidade na área da saúde". A declaração é do presidente da Câmara de Londrina (CML), Gerson Araujo se referindo a prisão do procurador do municipio Fidelis Cangussu e mais 15 pessoas ligadas às Ocips prestadoras de serviço na área.

Conforme Araujo, a Câmara temia possíveis problemas na contratação das Ocips, prova disso foi a realização de vários debates na CML sobre o assunto. " Nós estávamos precupados com esta questão, por isso encaminhamos para prefeitura, há um mês, um pedido de informações sobre o número de Ocips contratadas, aréas de atendimento, valores pagos e como é feita a fiscalização e prestação de contas", declarou Araujo.

A resposta do pedido de informações, segundo Araujo, foi protocalada na Câmara há uma semana." O documento conta com muitas informações que estão sendo analisadas por nossa assessoria. No geral, todas as perguntas foram respondidas de forma técnica e apresentam a contratação das Ocips Institutos Atlântico e Gálatas como responsáveis pelos principais serviços da saúde", informou.

Resumidamente o documento mostra que os termos de parceira da prefeitura com o Instituto Atlântico, responsável pelo Programa Samu e Central de Regulação no valor de R$ 5.575.910,13; Sistema de Internação Domiciliar, R$ 110.157,07 e Programa de Especialidades Médicas (Policlínicas) por R$ 123.057,69. Já o Instituto Galátas é o responsável pelo Programa Saúde da Familia - PSF por R$ 1.364.280,99. Os valores são pagos mensalmente.

A validade dos contratos são de dezembro de 2010 com duração de seis meses. Com relação a prestação de contas o documento mostra que deve ser feita por meio de relatórios mensais à Secretaria Municipal de Saúde que é a responsável pelo acompanhamento e fiscalização da execução dos serviços.

De acordo com Gerson Araujo a Câmara vai aguardar mais informações sobre o fato , debater com a mesa executiva e demais vereadores para depois tomar as providencias cabíveis. " Até agora todas as informações que temos são da imprensa. Vamos aguardar para em seguida nos pronunciar sobre o caso", finalizou o presidente da Câmara.

Oscips teriam apresentado notas frias; 15 são presos em Londrina

"E a culpa...sobrou pro Conselho de Saúde! Vejam a força do Conselho de Saúde de Londrina, escolhe até OCIPs. Ou será que na hora que o "bicho pega" sobra para os mais "fracos"? Bom, quem mandou não fiscalizar como deveriam? Placar até agora em Londrina: Ministério Público 10 Oscips 0 - Nelsão"



Canguçu (centro) sai da sala da Procuradoria acompanhado do promotor Renato de Lima Castro e do delegado Alan Flore


Oscips teriam apresentado notas frias; 15 são presos em Londrina
Os presos teriam ligação com os Institutos Gálatas e Atlântico, que estariam justificando pagamentos com notas fiscais “frias”. Entre os presos está o procurador-geral de Londrina, Fidelis Canguçu

10/05/2011 | 16:19 | Jornal de Londrina com informações de Fabio Silveira

Quinze pessoas foram detidas nesta terça-feira (10) em Londrina acusadas de envolvimento com um esquema de desvio de recursos públicos e corrupção de agentes públicos da área da saúde. Eles teriam ligação com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Instituto Gálatas e Atlântico, que estariam justificando pagamentos com notas fiscais “frias”. Entre os presos está o procurador-geral de Londrina, Fidelis Canguçu.

A operação realizada pelo Grupo de Atuação de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), chamada de Antisepsia, teve início às 6h com o cumprimento de 16 mandados de prisão (um dos investigados não foi encontrado). Foram apreendidos R$ 20 mil em dinheiro com Canguçu, além de três armas e diversos documentos na Procuradoria, no prédio da Prefeitura e nos institutos. Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Londrina, Cambé, Arapongas, Bela Vista do Paraíso e Jataizinho.

Saiba mais
Procurador-geral e mais 14 pessoas são detidos por desvio de recursos
De acordo com o promotor Cláudio Esteves, a investigação começou há quatro meses, por conta de denúncias de empresários que teriam sido procurados para dar notas fiscais frias para justificar serviços prestados pelas Oscips. Segundo ele, nenhuma denúncia partiu do poder público municipal. “Nenhum órgão de controle jamais tocou nesse assunto”, afirmou Esteves. O MP ainda não conseguiu avaliar o volume de recursos que essa operação supostamente fraudulenta envolveria.

Segundo o delegado Alan Flore, entre os detidos estão Marcos Ratto e Joel Tadeu Correia, dois integrantes do Conselho Municipal de Saúde, e a diretora do Instituto Gálatas, Gláucia Chiararia, que era funcionária do Ciap; e os integrantes do Instituto Atlântico, Lucas Modesto e Bruno Chaiara.

Exoneração

Em entrevista coletiva, na manhã desta terça, tanto o prefeito Barbosa Neto quanto a secretária de Saúde, Ana Olympia Dornellas, transferiram a responsabilidade da escolha das Oscips para “alguns membros” do Conselho Municipal de Saúde.

Os Institutos Gálatas e Atlântico, contratos emergencialmente em dezembro do ano passado, assinaram um contrato para substituir o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), suspeito de desviar R$ 300 milhões em recursos públicos. Na época, Ana Olympia era diretora-executiva da Secretaria e integrou a comissão que participou da escolha.

Sem citar nomes, o prefeito afirmou que alguns membros do Conselho insistiram na contratação das Oscips. Barbosa Neto disse que a secretária chegou a ser “constrangida” por integrantes do conselho. No entanto, no anúncio da contratação das empresas, o então secretário da Saúde Agajan Der Bedrossian, que era presidente do conselho, disse que a escolha “foi um processo transparente” e em nenhum momento houve qualquer denúncia de pressão ou imposição externa.

O prefeito afirmou os contratos estavam passando por auditoria da Controladoria do Município em razão de falhas na prestação de contas. Ele disse que das seis parcelas, a quarta deixou de ser paga por problemas na prestação. No final da coletiva, Barbosa anunciou a exoneração do procurador-geral Fidelis Canguçu.

Ana Olympia afirmou que a opção da Secretaria de Saúde era a Santa Casa e o HUTec, por terem mais experiência e tempo de Oscips. Contudo, alguns conselheiros defenderam a contratação dos institutos Gálatas e do Atlântico por apresentarem preços menores.

Problemas

Um ano depois da Operação Parceria, da Polícia Federal (PF), realizada no dia 11 de maio do ano passado, que resultou na prisão de 11 pessoas ligadas ao Ciap, os mesmos contratos da saúde terceirizados pela Prefeitura voltam a ser alvos de investigação de desvio de recursos públicos.

Os institutos Gálatas e Instituto Atlântico assumiram os serviços de saúde que eram gerenciados pelo Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), no dia 8 de dezembro. O Instituto Atlântico ficou responsável pelo Samu, Central de Regulação, Internação Domiciliar e Policlínica. O contrato assinado entre Prefeitura e a empresa foi de cerca de R$ 800 mil por mês.

Os outros quatro serviços do Programa Saúde da Família (PSF) ficaram sob os cuidados do Gálatas, num contrato no valor de aproximadamente R$ 1,3 milhão mensais. Os dois contratos são emergenciais e terão duração de seis meses.

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Baderneiros" do mundo que lutam pelos seus direitos querem subverter a ordem. Um escândalo!

Imginem que milhares de pessoas, "falsos sindicalistas" e pessoas "incultas", deste país "atrasado" que é os EUA, invadiram o Capitólio em março deste ano: o Capitólio, simbolo do poder em Madison, Wisconsin e um dos símbolos dos EUA. Foi um ato de protesto contra o governador do estado, alcunhado de "Hosni Walker", numa comparação direta com o deposto ditador egípcio. Os trabalhadores protestaram contra a tentativa de eliminação dos seus direitos adquiridos na proposta do orçamento estadual. Os media que se auto-apregoam como "referência" procuram ocultar esta movimentação da classe operária dos EUA. Imagine, o Capitólio, sede do parlamento estadual, não é lugar disso, mas de discutir leis que beneficiem o povo. Que horror o mundo onde vivemos onde proliferam estes "baderneiros" que lutam pelo que é justo, porque não acreditam mais em instituições tão sérias como bancos, parlamentos, etc. Que escândalo! Esperamos que isto não influcie ninguém a agir do mesmo modo aqui, em nosso país, tão pacato, de tradições tão sólidas, pacíficas, ordeiras, religiosas, políticos honestos, instituições tão confiáveis, etc. Os jovens não podem se deixar influenciar por estas pessoas "incultas", destes países tão "agressivos e atrasados". Que horror!




E também estes estudantes "mediocres" das principais universidades inglesas também "atrasadíssimas", como Oxford, Birmingham e Westminster, foram as ruas em 2010, protestar contra o governo que quer retirar seus créditos estudantis. Baderneiros! Imagine, lutar pelos seus direitos desta forma! Seguiram o exemplo dos estudantes também "mediocres e agressivos" da Itália, que se recusam a pagar a conta dos milhões de dólares roubados pelo sistema financeiro e invadiram o Coliseu. Imaginem, gente, se o Coliseu é lugar disso? Talvez tenham se inspiraram nos estudantes também atrasados de Dublin na Irlanda ou nos trabalhadores da Grécia e Portugal, que também fizeram o mesmo. Não era mais fácil fazer um adesivozinho, uma twittadinha? AH! Eta povo atrasado! Gentinha mesmo, coisa de periferia!



Que Deus nos protega desta horda de selvagens, povos ignorantes, que não aceitam serem roubados. Agora a moda está se espalhando, e chegou aos povos árabes "atrasados" que querem sublevar a ordem constituida dos Ditadores. Onde isto vai parar? Daqui a pouco vão querer democracia! Ainda bem que nosso país esta muito mais adiantado e não precisamos disso aqui. Que escândalo, hein? Deus me livre!

O falso “moralismo” da classe média

A Classe média prega a justiça social - mas se acovarda para ir em uma passeata de uma classe que não a sua, ou para lutar pelo patrimônio público, ou participar de uma greve, por medo de perder o emprego; não luta pelos direitos coletivos; defende e imita os costumes das classes mais abastadas; prefere assistir futebol, a ir numa reunião das associações de moradores; assistir a um filme a ir a uma reunião de condomínio;

A Classe média diz que defende a paz – mas se cala diante da guerra; permite que os mais humildes sejam massacrados; critica quem protesta (chama de baderneiro); defende com unhas e dentes a ordem estabelecida até que esta ordem não o defenda em seus direitos mais elementares; se omite diante da injustiça por covardia;

A classe média fala em honestidade – mas corrompe o guarda de trânsito numa blitz; quando pode sonega impostos “porque todo mundo faz”; joga lixo na rua; não devolve o troco enganado do caixa; “diminui” a quilometragem do carro para vendê-lo; troca o voto não por necessidade como fazem as classes menos favorecidas ou os ricos para perpetuarem seus direitos, mas por um favorzinho, uma ajudinha para o parente, uma lombada na sua rua, um vestido de debutante;

A classe média fala em cidadania – mas não vai assistir a uma sessão na Câmara; não participa dos movimentos sociais; não se organiza como classe; defende a ditadura; não faz parte de nenhum partido e se fizer não entra para mudá-lo mas para aceitar as regras do jogo com o fim de se beneficiar dele para seus propósitos;

A classe média fala em religiosidade – mas não engaja em projetos de assistência social; critica as religiões a que não pertence e a que pertence também; acha que a sua religião é a única que esta certa; julga os outros pelos valores morais religiosos sem entender as razões sociais e pessoais de alguma miséria humana;

A classe média se diz esclarecida – mas baseia seus comentários políticos e interpreta o mundo pelos telejornais que assiste sem critérios; acredita que a imprensa não é corrupta como as demais instituições; não procura canais de informação alternativos; não emite sua opinião por medo; não lê mais de um livro por ano e se lê, lê autores medíocres da moda e estrangeiros;

A classe média se indigna diante da violência – mas parte para briga numa discussão de trânsito, jogo de futebol ou discussão de bar: oprime a família e os filhos porque não lhes dá atenção ou é patriarcal; menospreza e ridiculariza seus colegas de trabalho; tem preconceitos de raça; é contra os direitos das minorias; é contra a liberdade de opção sexual; não é capaz de defender com as próprias mãos uma pessoa indefesa; jamais vai para a luta por mais que seja pisado;

A classe média diz que defende seu país – mas se pode não deixa seus filhos na escola pública; mora em condomínios com nomes estrangeiros porque é chique; sempre que pode é pedante utilizando expressões de outros idiomas; gosta dos noticiários de celebridades; lê Caras; Manda seus filhos pra Disney e não para a Amazônia; ouve só música estrangeira; menospreza a cultura de seu país e idolatra os valores se outras nações mesmo sem compreendê-las. Seu país sempre é o pior do mundo, não vê qualidades nele; Não admira seu povo e não conhece os valores de sua cultura;

A classe média julga, mas nunca aceita ser julgada. E por ser tão amorfa, passiva, omissa, influenciável, sem opinião, sem capacidade de lutar, de se indignar, de realizar qualquer ato extremo em defesa de sua honra, que é justamente esta classe que os governos mais exploram economicamente. É a classe média que mais paga impostos para os mais ricos, e também para subsidiar o populismo do governo com os mais pobres, estes sim que vão para as ruas protestar e exigir seus direitos. A Classe Média tem lá os seus movimentos, mas limitados pela incompreensão do todo, pelo seu julgamento de valor mediano, por ser incapaz de ir até o fim em suas reivindicações, por se esconderem atrás de abaixo-assinados e pseudônimos na internet, mas nunca, nunca mesmo, baterem de frente com o sistema quando o sistema não mais representa os direitos da maioria. A Classe Média é a grande maioria no país, mas só cuida do seu “umbigo” e por isso o país está como está. A população mais humilde,tem a falta de cultura como álibe. Os ricos defendem os seus privilégios, mas a classe média por se julgar superior, é a mais hipócrita. Por isso Marx, em sua sabedoria sociológica, afirmou que não será a Classe Média que fará qualquer revolução ou qualquer mudança mais profunda nos sistemas de governo.

Enfim, a Classe Média é título da música de Max Gonzaga que conseguiu resumi-la muito bem.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Moradores de Campo Largo realizarão protesto na BR 277 amanhã


Na foto, reunião realizada em fevereiro com moradores e equipe da Rodonorte: até agora nada.

Depois de inúmeras tentativas de se chegar a um acordo entre a RODONORTE, governo do Estado e DER, para que o problema dos acessos e contornos da BR 277 sejam solucionados através de obras como viadutos e trincheiras, para que se evitem mais mortes e prejuízos financeiros aos lindeiros, os moradores de Campo Largo resolveram realizar um protesto visual amanhã (10) ao longo da Rodovia, com um ato simbólico, a partir das 15:00 H, na altura do KM 109/1010 da BR.
Desde dois de fevereiro de 2011, após a realização do último protesto que paralisou a BR 277, os moradores realizaram diversas reuniões com os representantes da RODONORTE. Em dez de fevereiro, em uma reunião com o presidente da CCR Rodonorte, Silvio Machiori, estabeleceram-se prazos para que um amplo projeto fosse encaminhado ao DER e ao governo do Estado, para que o problema fosse solucionado. Visitas aos principais locais onde a comunidade reivindicava intervenções urbanísticas, chegaram a ser realizadas pelo diretor da CCR Ronorte, José A. Moita e o gestor de Interação com o Cliente da Rodonorte, Gildo Pires, junto com moradores, para que se estabelecessem marcos para a apresentação de um projeto ao DER, dentro de prazos estabelecidos pela comunidade e a empresa. Segundo afirmou José A. Moita, o projeto chegou a ser enviado para o DER, que rejeitou a proposta inicial, mas abriu-se a possibilidade de que fossem antecipadas as obras estabelecidas em contrato com o governo do Estado para 2014, para o final deste ano. Entre as idas e vindas, o jogo de empurra-empurra RODONORTE/Governo do Estado e DER, a dilatação de prazos e a falta de respostas concretas, a população cansou de esperar e esta se mobilizando: “Inicialmente, optamos por este protesto visual, onde serão colocadas faixas ao longo da BR exigindo providências e um ato simbólico. Isto é um sinal para que as autoridades tomem providências, senão a BR pára”, disse o morador e pastor evangélico Divino Valdir da Cruz Silva, morador do Cercadinho e uma das lideranças comunitárias que organizam o protesto.
O vereador Nelson Silva de Souza, o Nelsão (PMDB), que foi convidado novamente a estar presente ao ato dos moradores, explicou a situação: “Diversos prazos foram dados desde fevereiro, mas já estamos em maio e nada foi feito. As lideranças comunitárias preparam um grande movimento que poderá culminar com o fechamento da BR, se providências não forem tomadas”, afirmou. O objetivo inicial do protesto dos moradores, com dezenas de faixas ao longo da BR 277, no perímetro que compreende o trecho da BR 277, é chamar a atenção da RODONORTE, das autoridades públicas e do DER para a urgência de suas reivindicações.

domingo, 8 de maio de 2011

Reajuste salarial de Campo Largo pode ser o maior do Paraná

Por Osvaldo Zotto - Depcom

O prefeito Edson Basso autorizou e encaminhou para a Câmara Municipal os projetos de lei que concedem reajustes aos funcionários municipais. O Projeto de Lei nº19/2011 concede reajuste de 10% (dez por cento) aos professores e educadores, e o Projeto nº20/2011 concede 9% (nove por cento) aos demais funcionários estatutários. Os projetos foram lidos na sessão de segunda-feira (2) e encaminhados às comissões técnicas para análise, devendo ser votados nas duas próximas sessões – dias 9 e 16, com prazo hábil para que os benefícios sejam implantados já na folha de pagamento de maio.
Os sindicatos que representam as categorias funcionais declararam satisfação com o aumento. A Presidente do Sindicato do Magistério, Márcia Carloto Totene, ressaltou que os professores realizaram duas assembléias, nos dias 30 de março e 12 de abril, e demonstraram satisfação com o reajuste de 10%, já que representou um ganho real de 4%, considerando a inflação de 2010, que foi de 5,91%.
Municípios maiores, e com arrecadação mais alta que Campo Largo, deram reajustes menores, como foi o caso de Curitiba, com 6,5%; Londrina com 6.53% e Araucária, que concedeu 7%.
Ganhos maiores Juliano Castagnoli, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta (SSPAD), afirmou que o reajuste salarial de Campo Largo foi provavelmente o maior do Paraná: “Tivemos uma conquista difícil, mas o resultado foi compensador. Os principais beneficiados foram, provavelmente, os trabalhadores de serviços gerais. Eles ganhavam menos que o salário mínimo e a Prefeitura tinha que pagar diferença legal para chegar ao mínimo. Agora, o Sindicato conseguiu com o prefeito o enquadramento funcional, e foi possível elevação de nível, de acordo com o tempo de serviço. Por exemplo, quem tinha 10 anos de serviço, subiu 10 níveis. Muitos passarão a receber cerca de R$ 600,00 por mês, sendo que alguns que têm maior tempo de serviço chegarão a R$ 1.000,00 por mês”, destacou Juliano.
Beneficiados
Serão beneficiados 1.060 profissionais da educação, entre 960 professores que lecionam nas escolas e 100 educadores que trabalham nos Cemeis (Centros Municipais de Educação Infantil).Atualmente a folha da Educação tem o custo de R$ 1.486,414, 38 (um milhão, quatrocentos e oitenta e seis mil, quatrocentos e quatorze reais e trinta e oito centavos). Eles puderam ter um reajuste maior – 10%, porque o município deve utilizar, para o pagamento de salários, recursos recebidos do governo federal através do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Os demais funcionários da Educação são pagos com recursos do município – 25% da receita são destinados à secretaria de Educação, além de valores de recursos livres.
Os demais 1.488 funcionários efetivos receberão 9% (nove por cento) de reajuste. No total, serão beneficiados 2.276 funcionários efetivos.

Poesia dia das mães: Tulipas de dor, alegria e gratidão à minha mãe!


Ilustração: Kandinski


Este poema é dedicado a todos as mães e filhos que sofreram e sofrem de violência doméstica.

Tulipas de dor, alegria e gratidão à minha mãe!

Um vaso de tulipas não dirá o que de fato és,
mesmo que cresçam gigantes em teus olhos,
suas pontas atravessem as nuvens,
sua raiz perpetue-se em nossa velha casa
de madeira e rache suas paredes.
Lembra, mãe? Não tinha forro,
gotículas de chuva atravessavam as telhas usadas,
os móveis velhos, o tapete trançado
de restos de tecido...
Lembra mãe, da cobertura do sofá de pele de cabrito
costuradas com um fio de sebo,
e o pelego vermelho de crina de cavalo...?
Quando a porta rangia pela noite, o velho beliche fazia um chiado:
Todos quietos, o pai esta chegando bêbado! – você dizia.
Talvez hoje ele nos esqueça!
Talvez não lembre que existimos!
Talvez não comece a falar da dor
que o consome desde a infância!
Da opressão dos patrões, dos seus pés descalços
congelados pela geada,
De ter sido humilhado pela sua cidade,
sua própria irmã e seus parentes,
por ser um carroceiro, por ser pobre,
e pagar a conta de uma sociedade hipócrita!
Talvez esqueça de toda violência pela qual passou!
Apesar deste preconceito e dor ter corroído seus ossos,
e a bebida degenerado sua mente!
E sua doença ter nos afetado a todos para sempre.
(Naquele tempo, não se faziam diagnósticos
De doenças como essas!)
Sim, desta vez, quem sabe raciocine que nós não temos
nada a ver com isso!
Talvez não nos chame para o meio da sala,
e, ao fingirmos que dormimos,
não nos arranque com violência do leito
e tudo termine como terminou sempre,
quase toda semana, todo mês, os anos intermináveis,
quando temíamos até o latido dos cachorros,
avisando da dor que viria,
ao abrir-se a porta,
e os vizinhos nunca interferirem
apesar dos gritos de dor e socorro!
Eu corria até eles, batendo em cada porta:
“Meu pai está matando minha mãe! Ajudem!”
E ninguém fazia nada! E eu tinha medo!
Até que um dia eu desisti de procurar ajuda.
Desisti para sempre de pedir ajuda!
Meu pai era um homem bom quando estava sóbrio:
distribuía remédios gratuitamente para os vizinhos,
ajudava a todos e jogava futebol como ninguém.
Parava a carroça para me comprar doces.
Dá uns doces para o guri – dizia!
Dá um pão com mortadela – dizia!
Dá um Wimi - dizia
Levava-me à garupeira da bicicleta,
Apresentava-me aos amigos: “Este é meu filho homem!” –dizia, com orgulho.
Eu o admirava, apesar de toda dor que sentia e do que não conseguia entender!
Como quando deu-me um relógio coberto de sangue,
ao completar oito anos,
e no outro dia, veio a minha cama,
e eu quase não podia me mover de dor,
por todo o corpo,
tendo mechas dos meus cabelos arrancados
na colcha puída que me cobria,
e chorou convulsivamente:
desculpe, filho, eu não queria fazer isso!
E eu o perdoei! E eu sempre o perdoava!
O que tulipas idiotas podiam dizer disso neste dia?


Mãe, tenho tua velha foto em preto e branco
ao lado de uma carroça com tua irmã,
quando eram ainda solteiras.
Duas meninas-morenas lindas de Guarapuava...
Aí, já sei que pensavas em mim,
pois nasci simples como você...

Trabalhou a vida inteira,
Tua caligrafia desenhada,
Muito melhor do que a minha,
Tremida e desleixada!
Tua mãe bugre e índia,
Como todos nós o somos.
Teu primeiro grau incompleto,
Que terminou aos sessenta.
(Onde arrumou forças, depois de tudo?)
E não sei como te ser grato,
Não há maneiras de dizê-lo!
Quando me levava verduras,
à porta do pensionato, escondida!
Depois escrevendo tuas cartas
P.S – Teu pai manda lembranças!
(Lembranças do quê, mãe? Eu não queria ter lembranças!)
Depois que fui para o interior,
após a faca por ele atirada ter cravado à porta,
poucos centímetros de minha cabeça,
e eu parti na Brasília de um primo em terceiro grau,
para morar com meus avós, levando um pequena mochila de sonhos,
entre eles a de ser um dia um grande homem.

Lembro-me mãe,
quando te debruçastes sobre mim,
após o acidente de carro, e dissestes:
“Meu filho, querido!”
Quando abri os olhos,
ouvi Deus,
e voltei a respirar novamente.
Talvez o amor seja isto:
sermos incapazes de ser e dizer
tudo que somos e sentimos
diante de quem amamos.
Talvez tenha percebido isto,
quando criança
ao vê-la deitada quase inerte,
no meio da sala,
no meio do abismo de dor, sangue e vergonha,
depois do bárbaro massacre.
Levando você ao trabalho teus hematomas,
e aquela vergonha que não era nossa,
e a carregávamos do colégio à Porta da Igreja,
e a carregávamos por onde íamos.
Durante quatorze anos...
Acabaram-se nossas desculpas, todas elas:
os “tropeços”, as “caídas da escada”, as “quinas de móveis”,
os ataques dos porcos selvagens...
Todos os vizinhos sabiam,
todo mundo sabia:
e por que levávamos uma vergonha
que não era nossa?
E porque saíamos quietos,
escondidos, desviando-nos dos olhares,
como se a culpa fosse nossa?

O que dizem estas tulipas idiotas,
Diante de tudo isto?

Tudo que sou, herdei de você:
O amor pela vida, a grandeza do perdão,
A simplicidade, a força para lutar,
a inteligência de sorrir
só de algo que faz sentido!
E você faz sentido para mim...

Estes dias, encontrei em minhas coisas,
teus velhos vinis dos hinos cristãos.
Lembrei dos domingos frios,
quando colocava tuas mãos nas minhas.
E íamos à igreja protestante.
A senhora dizia: vamos por nas mãos de Deus!
Mas porque Deus não fazia nada, mãe?
Eu me perguntava, olhando a mãe d’água,
que me hipnotizou e eu cai na fonte,
quando minha irmã consegui me salvar,
puxando-me pelas pernas!
(Por que lembro do que pensava aos cinco anos e não lembro
de como possa ter caído?)
Éramos nós que tínhamos que fazer algo, mãe!
E nós não fizemos,
porque você o amava, dizia!
porque tinha medo do futuro incerto
de todos nós, seus filhos, pequenos!
E o dia que você tentou pedir o desquite,
ele apareceu na porta do Colégio,
pálido, abatido e disse:
“O que meus amigos vão pensar de mim?”
E eu o perdoei, em nome de seus amigos!
Mas não em nosso nome.
Eu pedi à senhora que reconsiderasse.
E nós o perdoamos, sempre acreditando que
tudo mudasse. Nós nunca deixamos de acreditar
no melhor das pessoas e da humanidade, mãe,
pela humanidade que existia em nós.
Mas um dia eu disse a ele:
Por que você fez tudo isto conosco, pai?
Ele dizia não lembrar!
Eu o fiz lembrar, mãe!
E o fiz lembrar de tudo que ele dizia não lembrar!
E porque nós, mãe, lembramos de tudo?
Ninguém precisa nos lembrar...
e lembrar de tudo nos faz algo mais do que mãe e filho:
cúmplices de uma vergonha que não era nossa,
amigos em um campo de concentração,
exigindo uma grande capacidade
de perdoar, amar e ser o que somos,
também com nossos defeitos e erros.
Desculpe-me lembrar de tudo isto hoje mãe,
diante das tulipas inocentes ou idiotas!
Nós que somos capazes de superar tudo
e ser sempre muito melhores,
do que foram com a gente!

Eu descobri, mãe, que a violência não leva a nada.
Escrevi poemas falando da paz,
Mas quando precisou, defendi nossa honra.
Lutei contra todas as guerras,
Estudei e entendi que “o oprimido quer imitar o opressor”,
e por isto temos uma sociedade opressora e violenta.
Defendi sempre aqueles aos quais julgava indefesos.
E reconheço que na mocidade, levava uma revolta
que quase me consumiu, como havia consumido meu pai.
Uma revolta contra todos que se calam diante das omissões!
Uma revolta até contra mim mesmo por não ter feito tudo que podia,
mesmo sendo um menino.
E por isso, eu quase me perdi, mãe, no caminho sem mapa da vida.
Mas aprendi, com você, a superar tudo.

Talvez, mãe, as tulipas sejam capazes de serem belas,
neste domingo do Dia das Mães,
só porque nós conseguimos ser mais belas do que elas!
As tulipas têm inveja do seres humanos
nos quais nós nos transformamos, mãe,
eu e você, apesar de toda dor.
E foi tanta dor, mãe, que aprendemos a amar
como ninguém ama!

Desculpe mãe, lembrar de tudo isto,
diante das tulipas amarelas.
Por expô-la e expor-me em meus poemas.
Sabe o que é? Hoje não tenho vergonha de nada.
São todos eles que tem que ter vergonha do que são:
a sociedade hipócrita, os vizinhos, os omissos, os covardes!
E desculpe mãe, do fundo do coração,
por precisar de ajuda médica!
Porque não ter conseguido superar tudo sozinho,
como você conseguiu.
Talvez porque eu fosse uma criança.
Talvez porque demorei a entender
que precisava de ajuda e ter dito a mim mesmo
que nunca procuraria a ajuda de ninguém.
E ter descoberto isto muito tarde.
Apesar disso, vejo em teus olhos,
o motivo de orgulho que tens
por eu ter me transformado em tudo que sou!
Por ser o teu melhor presente.
Porque você sabe, mais do que ninguém,
o que de fato somos, depois de tudo.

E quem são eles, mãe, os covardes, para nos julgarem,
se até as tulipas não são mais belas do que nós o somos,
depois de tudo?

Dia das Mães, 8 de maio de 2011

Fonte: http://www.pibloktok.blogspot.com

sábado, 7 de maio de 2011

Deputada Cidinha Campos X dep. José Nader

Que escândalo! Variação patrimonial, nepotismo cruzado, etc...
Como a Cidinha fala alto! Assim vai acabar intimidando seus colegas...

Feliz Dia das Mães



Feliz dia das mães: é o que deseja o mandato de Nelsão a todas as mães de Campo Largo, do Paraná, do Brasil e do mundo