segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quanto custa para o povo liberar R$ 1.285 para o Prefeito?

O Projeto de Lei 48/2011 foi enviado no dia 08/08/2011 pelo Executivo (prefeito) à Câmara de Campo Largo solicitando R$ 1.285. Isso, mil e poucos reais. Do dia 08 até o dia 22 de agosto, portanto, 14 dias depois, o projeto entrou na Ordem do Dia em segunda votação. Mas não foi votado porque a referida sessão tinha apenas dois Projetos de Lei para serem votados (o próprio e outro) e duas dezenas de requerimentos do tipo "tapa buraco" dos vereadores (as). Depois de uma "cansativa sessão" como essa (a do dia 22 de agosto), completamente "exaustos", decidiram remeter então a votação para o dia 24 de agosto, quarta feira, como único projeto de pauta da Sessão. O único. Ou seja, dezesseis dias depois, a Câmara necessitou abrir suas portas, tendo como único projeto aprovar mil e poucos reais para o prefeito. Resta perguntar: quanto custa para a população abrir as portas da Câmara somente para conceder mil e poucos reais para o Prefeito? Quanto custa o cafezinho, a presença dos vereadores, dos funcionários, dos seguranças, etc. Pois que os vereadores (as) fizessem uma "vaquinha" e levassem o dinheiro para o prefeito em seu gabinete e o emprestassem, sem prejuízo para o povo. Primeiro porque é simplesmente ridículo o Executivo pedir mil e poucos reais para o Legislativo, demonstrando completa falta de planejamento em uma LDO (Lei de Diretrizs Orçamentárias), já que necessita "urgentemente" de mil reais ao ponto de convocar todos os (as) vereadores (as) para liberar a "exorbitante" quantia. Parece aquela coisa de "boteco": "E aí, amigão, vem amanhã aqui e me empresta mil reais?". E pode ter certeza que a "Independência" é tanta que o amigo responde: "Claro, como o senhor quiser. A que horas o senhor prefere? Estaremos todos aqui, pagaremos o combustível, a luz, o alguel da sala, os nossos salários e daremos esta quantia para o senhor sem problemas. Afinal, esta é a nossa única função".
Ora, ou que inserissem o pedido num projeto maior ou deixassem de vez a contabilidade da Prefeitura para o dono da banquinha de jornais tomar conta. Isso é brincar com a paciência do cidadão e jogar o dinheiro do contribuinte fora. E depois ainda são capazes de irem aos bairros, como já fizeram, afirmando que foi Nelsão quem impediu que mil reais fossem concedidos para o Executivo realizar obras importantíssimas para o Município. Mas desta vez, não podem culpar Nelsão: ele não estava lá. Aliás, a Sessão acabou não acontecendo e, infelizmente, estes mil e poucos reais irão afetar "drasticamente" o projeto orçamentário do Executivo. Letárgico e cômico, se não fosse trágico para quem alega "Independência" para qualquer coisa. Um simples procedimento como esse já demonstra a completa falta de senso e o desrespeito com a população de Campo Largo. Serve para demonstrar a inépcia, a falta do que fazer, de projetos, de consciência do que significa uma Casa de Leis. E parte de uma Câmara como essa, ainda tem coragem de vir a público falar em Independência?
E perguntamos: alguém acompanhou este trâmite inédito e lépido pelos jornais de Campo Largo? Alguém leu uma linha? Conferiram se algum vereadora (a) contestou? Pois é, pois é.

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