domingo, 29 de novembro de 2009

Semelhança de matérias indicam publicação de "versão oficial" da Prefeitura sobre doação de terreno

Matéria publicada pela Folha de Campo Largo, no dia 27 de novembro, praticamente idêntica à do Jornal O Metropolitano, indicam que, ou os jornalistas que cobriraram os fatos são os mesmos, ou a Prefeitura está utilizando-se do seu poder de "financiamento" publicitário para influênciar a publicação de versões oficialistas nos jornais de Campo Largo. Aviso aos jornalistas éticos: matérias "pagas" devem vir assinadas e com o tarja de informe publicitário. O conteúdo da matéria da Folha de Campo Largo tem basicamente o mesmo posicionamento político e distorce os fatos como o da matéria publicada pelo jornal O Metropolitano, colocando Nelsão como um "vilão" por defender os interesses públicos, contrário à alienação de uma área de 2 milhões de reais, favorecendo empresa que não cumpriu com sua função social e vai ser entregue de graça, sem as mesmas garantias, para duas empresas privadas. Nenhum dos dois jornais ouviu o contraditório, na matéria específica, isto é, a versão de Nelsão sobre a inconstitucionalidade das Leis que permitiram o rentável "negócio". Apenas reproduzem a versão "oficial" da Prefeitura e do vereador Darci Andressa, inclusive com as utilização do mesmo expediente de reunir sindicalistas que tem ligação política com a prefeitura para "massacrar" Nelsão. Resumindo, em uma palavra: uma vergonha. O mandato do vereador Nelsão estará se baseando nas matérias, em ação judicial, caso os jornais não se comprometam a dar o mesmo espaço para a versão de Nelsão para o caso. Não é a primeira vez, nem a única, mas a irresponsabilidade com a utilização do dinheiro público como forma de influência na imprensa para "atacar" supostos "inimigos" e seus pocionamentos independentes, sem dar direito ao contraditório, vai ter que acabar.

Retaliação, truculência a influência da máquina pública - A utilização da intimidação de sindicalistas pelo crime de "opinião"(ver matéria do Jornal Folha do Campo Largo publicada no mesmo dia sob o título "Reunião!, sobre o "perdão" da Cocel, pelo prefeito, de processo contra o presidente do Sindicato da Industria Cerâmica e da Louça, José Canisso ), revela a forma que a Adminitração Municipal e suas autarquias vêm utilizando para lidar com aqueles que discordam de suas opiniões: a retaliação, a truculência e a utilização da influência da máquina pública. De evangélico, o prefeito Edson Basso vem se revelando um ditador que utiliza-se de expedientes pouco recomendáveis e diplomáticos para tratar de pessoas que discordam deste ou daquele posicionamento: usando sua influência de "patrocinador", com dinheiro público, de verbas publicitárias para os jornais locais, para publicar releases com somente a sua versão dos fatos; E mais, enviando pessoas do Executivo em votações em plenário para sutilmente "influenciar" vereadores (e queira Deus que a ação da Imobiliária AZ para despejar moradores humildes da Ferraria não tenha o dedo político, nos bastidores, do Prefeito! Acreditamos que não). Porque práticas como estas, num Estado de Direito e na conceituação sociológica, têm um nome: facismo.
E qual o motivo o prefeito Edson Basso tem para centrar seu arsenal de armas de guerra contra um vereador do mesmo partido? A defesa do patrimônio público? Esquece-se o Prefeito, não só que foi eleito pela base deste mesmo vereador, com não poucos votos, e de que este mesmo vereador votou favoravelmente a abertura de incontáveis créditos suplementares para que a Prefeitura, vítima de um orçamento que foi mal planejado pela sua própria equipe, pudesse administrar a cidade? Esquece o prefeito que Nelsão aprovou inúmeros projetos do Executivo de interesse da população de Campo Largo? Agora, se um vereador discorda deste ou daquele projeto, por entender que faltou diálogo, faltou explicação, ou que não está amparado pela legalidade, a forma de convencimento do Prefeito passa pela truculência? Pela intimidação? Pela utilização da máquina pública para denegrir a imagem de um vereador? O que o Prefeito quer: cordeirinhos? E pior se tudo isto estiver sendo realizado com motivos eleitorais, para beneficiar políticos que nem ao menos são do Partido do Prefeito.
Em recente votação na Câmara, o vereador Wilson Andrade (que afirmou em outro debate, que quem não concordasse com ele era "jerico"), utilizou-se da empressão "vereador que caiu de pára-quedas" para referir-se a Nelsão. Tão de para-quedas, que foi o mais votado pelos campolarguenses. Em todo caso, a expressão revela qual o preconceito da "nova elite" de Campo Largo para com aqueles que moram na periferia e imaginam querer estragar seus planos políticos: não pertencem a cidade, devem ser "isolados", denegridos, banidos, perseguidos...Uma prática facista, de segregação. Legítimos seriam somente aqueles que se utilizam de todos os recursos e métodos para imporem suas verdades, sem admitir questionamentos.
A postura antidemocrática da Prefeitura, nos obriga a uma posição de defesa. E mais do que isto, não nos deixa alternativas a não ser expor publicamente o Prefeito e sua administração. Não nos intimidaremos. Não queremos cargos, não queremos nenhum benefício, não queremos nenhuma esmola. Queremos somente ser tratados com respeito e igualdade. Enganam-se aqueles que acredtiam que pela utilização destes métodos, mudaremos de posição. Não somos inimigos do prefeito, acreditamos na sua administração, mas discordamos dos métodos que estão utilizando para enviarem seus projetos,desrespeitando o papel do Legislativo, achando que todos os vereadores devam ser marionetes. Basso tem se mostrado uma pessoa "vingativa", e política se faz sim, com sentimentos, mas não com sentimentos negativos e irracionais. Política se faz com sentimentos nobres, e é isto que nos move: a defesa dos mais simples, a independência e o diálogo. Como o Prefeito se arroga no direito de "perdoar" processos judiciais, nós também temos uma grande disposição de "perdoar" o prefeito. Mas não mudaremos uma só linha de nossa atuação. Continuaremos independentes. Mas ser idependente não significa ser "vingativo", fazer oposição por pirraça, utilizar-se de expedientes anti-éticos para nos defendamos. Em nossos mandato, todos temos o "pescoço duro" quando se trata de nossos ideais. Não é só o Nelsão. O Nelsão é apenas mais um. Se preciso for, enfrentaremos sim, a máquina pública, todos os jornais de Campo Largo, e todos os outros vereadores pelos ideais que consideramos justos. E ao contrário daqueles que pensam que somos "cordeirinhos", podem se preparar: sabemos nos defender. Claro, vamos ter muitos desgastes, mas o desgaste também vai ser grande para a administração, para os jornais e para os vereadores. Não é o amor ao poder, ao dinheiro, aos cargos, que nos move, é apenas o desejo de Justiça, que alguns vereadores da base do prefeito dizem "não vão nos levar a lugar nenhum". Pois lugar nenhum é melhor do que o da consciência limpa. E se quiserem, podem nos cassar por isso. Podem nos processar, podem fazer o que quiserem.
É lamentável que a história nos coloque em lados opostos, porque acreditamos e continuaremos acreditando sempre no diálogo, no poder de convencimento, na negociação honesta. Defendemos sim, as ações positivas do governo Basso, que tem muitos méritos, mas, infelizmente, utilizando reiteradas práticas de intimidação, de coerção, de truculência e arrogância, não nos deixam escolha, a não ser reagir. E reagir utilizando todas as armas legais e justas que temos.

Abaixo matéria do Jornal Folha de Campo Largo, similiar a do jornal "O Metropolitano", que comprova a utilização do mau jornalismo "oficialesco" que distorce os conteúdos e não apresenta o contraditório. Em seguida, matéria do mesmo Jornal Folha de Campo, demonstrando a "magnanimidade" do Prefeito que perdoa processos contra sindicalistas.



Nelsão vota contra doação de terreno

27-11-2009

Lideres de 08 sindicatos que atuam em Campo Largo, que juntos formam o Conselho Intersindical do Município, reuniram-se nesta quarta (25) para discutir o projeto de lei N.º 64/2009 aprovado na Câmara de Vereadores, que trata da anuência, pela Prefeitura de Campo Largo, de uma área conhecida como “Terreno da Cavan”. No imóvel deverão se instalar as empresas Procópio Embalagens Ltda. e Blocaus Pré-Fabricados Ltda. Juntas elas devem gerar cerca de 300 empregos diretos. Somente a Procópio Embalagens espera faturar R$ 40 milhões ao ano. “Nossa gente campolarguense vai ganhar muito com a instalação dessas empresas” comenta o vereador Darci Andreassa (PMDB). Mas no legislativo municipal o pensamento de Andreassa não é unânime. Apreciado em plenário, em sessão ordinária realizada nesta segunda (23), o projeto foi aprovado por 9 votos a 1. O único vereador a votar contra o projeto de incentivo a geração de empregos foi Nelsão (PMDB).
Sem apresentar motivos convincentes, Nelsão foi categoricamente contrário. Caso o projeto fosse reprovado na câmara, Campo Largo deixaria de receber importantes investimentos, como afirmam os sindicatos. Ao todo, 08 líderes que representam a maioria dos trabalhadores da industria local repudiaram a decisão de Nelsão. Para eles o vereador, que é ex sindicalista, desrespeita a classe trabalhadora ao votar contra a instalação de empresas no município. Samuel Soares, presidente do SIMENCAL, comentou o assunto – “É lamentável que este vereador pense dessa forma. Um homem que se diz representante do povo jamais poderia votar contra um projeto que visa beneficiar a população” – comenta. Para Samuel, Nelsão demonstrou não se preocupar com o bem estar dos campolarguenses – “O vereador deve trabalhar em prol do povo, não contra ele. Ao tentar barrar a instalação de empresas no município ele quase nos fez perder importantes empregos” completou Samuel. “Ao tomar essa decisão ele [Nelsão] foi contra o desenvolvimento de Campo Largo” exclama Adriano Carlesso, presidente do SINDIMOVEC, sindicato que representa os trabalhadores das montadoras de Campo Largo, entre elas a Fiat Powertrain Technologies (FPT). “Perderíamos empregos, arrecadação. Seria um prejuízo sem tamanho para o município” diz Carlesso.
O vereador Joslei Andrade (PSC), favorável ao projeto de lei, foi ainda mais incisivo: “Ele desonra esta casa ao votar contra um projeto tão importante. Campo Largo precisa de mais indústrias e de mais empregos. O que ele fez é imperdoável!” criticou o vereador. Tentando justificar sua decisão contrária, Nelsão argumentou que a doação do terreno para instalação de empresas prejudicaria os moradores da região. Segundo ele no local há um campo de futebol bastante utilizado pela comunidade. Em contrapartida o vereador Joslei Andrade adiantou que, em conversa informal com o Prefeito Edson Basso, fez uma solicitação para viabilizar um novo espaço de lazer naquela região. “Não perderemos um campo de futebol. Na verdade a população vai ganhar mais empregos e ainda um novo espaço de lazer” declarou Joslei. Ele deixou claro que o poder público jamais deixaria de planejar esta ação sem levar em conta esta questão.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico João Batista Souza Filho, as duas empresas pretendem iniciar a implantação de suas respectivas unidades fabris já no inicio do próximo ano. “Foi um trabalho importante. Fizemos a recuperação daquela área para uso industrial e com isso estamos atraindo mais empregos para a população”.
Os sindicatos que manifestaram repudio a decisão contrária de Nelsão são: SIMENCAL, presidente Samuel Soares; SINTRACON, presidente Antonio Carlos Pereira; SIMPOLOCAL, presidente Paulo Andrade; SSPAD, presidente Juliano Castagnoli, SINDIPISO, representado pelo secretário Erminio Santana; Sindicato do Magistério, presidente Márcia Totene e SINDIMOVEC, presidente Adriano Carlesso.


REUNIÃO

Em reunião realizada na última terça-feira (24), em seu gabinete, o prefeito Edson Basso recebeu um grupo de empresários representando industriais do ramo cerâmico, metal-mecânico e comerciantes, para tratar de um processo judicial movido pelo presidente da Cocel contra o presidente do Sindicato da Industria Cerâmica e da Louça, José Canisso. Depois de algumas discussões, o prefeito aceitou o pedido dos empresários e optou pela extinção do processo.
O motivo do processo foi uma entrevista dada pelo sindicalista na Folha de Campo Largo, em agosto último, quando Canisso criticou a administração da Cocel, repetindo informações do governador Roberto Requião, que a Cocel e o prefeito consideram erradas.
O caso foi encerrado e os empresários foram convidados a visitar a Cocel, verificar todos os livros, a administração e, depois, concederem entrevista falando sobre o que viram.

3 comentários:

  1. e a matéria do Carlos Andrade filmando propaganda, que saiu do próprio e-mail da prefeitura, tenho certeza que ninguém fala nada sobre isso...

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  2. É uma vergonha o que a prefeitura faz...
    Mas infelizmente não temos VEREADOR para combater e fazer o seu papel...

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  3. concordo que tudo isso é uma vergonha mesmo. mas gostaria de saber de que matéria do Carlos você esta falando? quem enviou isso de um email da prefeitura?

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