quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ALDO TSCHOKE PASSOU DOS LIMITES ACEITÁVEIS

O comunicador popular Aldo Tschoke, no alto da sabedoria dos livros de sociologia e de ciência política que deve ter lido, e das pescarias que deve ter participado, tem desmerecido os debates na Câmara. Comparou os debates na Câmara aos de um “boteco”. Afirmou que certos são os “silenciosos”. Afirma que os vereadores deveriam estar mais preparados. E concordamos, plenamente. Não só os vereadores deveriam estar mais preparados, incluíndo nós mesmos, mas também os radialistas. Por que fica difícil compreender o que o comunicador diz, porque começa a falar de colchões, depois faz piadas com conotação sexual, escolhe áudios mal editados com falas truncadas, para passar uma imagem distorcida da Casa ou de algum vereador, revelando parco conhecimento do que significa de fato o poder Poder Legislativo, e vive de contar as desgraças criminais do Município. No seu programa de hoje (16) fez uma grave acusação em seu programa Jornal do Meio Dia, insinuando que a greve dos metalúrgicos fez parte de acordos para financiamento de campanha de candidatos aos pleitos eleitorais. Vai ter que dar direito de resposta, e provar o que disse na Justiça.

FALTA DE RESPONSABILIDAE

Acontece que a Câmara é sim, lugar de debates. É o lugar aonde se decide aonde vai o dinheiro do município, aonde se decide o projeto de uma cidade. E vereador foi eleito para criticar, para se posicionar, para argumentar e colaborar. A Câmara é lugar de debate, e não para covardes. E aí, destaca-se o vereador Sérgio Schmitd que, mesmo que seja para defender incondicionalmente o seu agora aliado prefeito, ou a Casa, ou o que entende que é certo, dá a cara para bater. Defende o que acha que tem que defender pelos motivos que deve achar melhor, mas vai para o debate e não fica escondido atrás do microfone, independentemente se concordamos ou não com seus pronunciamentos. Porque fácil mesmo, é ficar atrás de um microfone, sem ter ninguém para contestar, e falar o que quiser, sem profundidade nenhuma e com má intenção. Aí não é só fácil, mas também covardia.
E teve uma sessão onde o Nelsão não foi. Aí sim, foi uma sessão chata. Ninguém falou nada, ninguém disse nada, e foram para casa mais cedo, todos contentes, com o dever cumprido. Que dever cumprido? Trabalhar duas horas, não argumentar nada, nem defender os projetos que eles mesmos apresentam? Isso é ser vereador? É para isto que foram eleitos? Acho que vão ter que aprender com o Nelsão, então, porque o Nelsão é osso duro de roer. Nelsão não vai fazer parte deste acordo corporativo, dos tapinhas nas costas e desta harmonia fabricada aonde a comunidade é que sai perdendo. Nelsão quer trabalhar. Um cara que atravessa a noite defendendo os trabalhadores como foi segunda-feira, quando saiu da sessão, e foi já de madrugada lutar pelos trabalhadores nas trocas de turno nas fábricas. Para depois ouvir um apresentador completamente despreparado fazer insinuações sem fundamento?
Acontece que vereador tem uma sessão por semana: querem o quê? O trabalhador comum pega no cabo da enxada para ganhar um salário mínimo para trabalhar oito horas ou mais, e os representantes do povo, que ganham mais de quatro mil por mês, querem trabalhar só duas horas por semana? Afirmar que o debate afasta a população? E se não querem falar, tem que ouvir, tem que cumprir expediente. E se demorar uma, duas, três, até dez horas, ganham bem para isso mesmo.

E o que se sabe na história, é que o silêncio, muitas vezes significou sabedoria. Mas na maioria dos casos, o silêncio foi dos omissos, daqueles que não estavam preparados para os cargos para o qual foram eleitos, que não tem opinião, ou que tiveram a sua voz comprada por acordos. E o silêncio de Pilatos é significativo na história, porque muitas vezes o silêncio pode ser também comprado. Em qualquer município é sempre um exercício interessante verificar pelos Diários Oficiais o número de nomeados em órgãos públicos com sobrenomes semelhantes a de outros poderes. Pode ser que em Campo Largo não exista nenhum. Pode ser que o exercício da meditação prolongada através do silencio e de não contribuir com emendas em projetos de suma importância seja mera opção. A Nelsão, não cabe este papel. Nelsão briga pelo que acha certo. E se precisar debater, qual o problema? Alguém tem medo, aí, de debate? Quem tem medo é porque não tem competência.
E quando afirmam que os vereadores não têm projetos, enganam-se novamente. Muitos projetos foram apresentados por inúmeros vereadores durante esta legislatura. A maioria deles excelentes. Muitas vezes não se posicionam, em outras dão sua opinião com propriedade, como foi o caso da Rodonorte, que colocamos os vídeos aqui. E no caso, especificamente, da última sessão, era um dos projetos mais importantes que estava em discussão na Câmara. De autoria do Executivo, sim, como a Lei determina. E a LDO também tinha lá os seus méritos, seus avanços, mas poderia ser melhorada. Não foi, e não foi melhorado nem pelo Nelsão, que pelo menos tentou, e muito menos por aqueles que se omitiram, que não deram a cara para bater, ou por medo, ou por não estarem preparados, ou por outros motivos menos nobres, ou até mesmo...sabedoria. Cabe ao cidadão escolher o motivo do silêncio de seus representantes, baseado nos fatos. O resto sim, a gente pode deixar para a pescaria, para os que gostam de boteco e ouvir piadas sem graça e barbaridades travestidas de programa. O mais incrível é que este programa é vinculado num emissora que se diz evangélica e, por este motivo, ligada ao prefeito Edson Basso por identidade religiosa. Seria esta a maneira de fazer política dos evangélicos? Achamos que não. Achamos que os evangélicos são pressoas respeitadoras e integras, e por isso, não deveria existir espaço numa emissora evangélica para uma pessoa que não cumpre com os mínimos requesitos para ser um comunicador. Que vá pescar e jogar truco. Política é coisa séria.

Do conselho da redação do Blog :
Marcos, Lenomar, Arquimedes e Bob
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