quarta-feira, 15 de julho de 2009

PELO FUNCIONALISMO, CONTRA A ARROGÂNCIA E A IRRESPONSABILIDADE

No dia de hoje (15) houve uma Sessão na Câmara para que se votasse o plano de cargos e salários dos servidores da área de saúde de Campo Largo. Pela primeira vez, nesta gestão, o Executivo chamou os vereadores para discutirem o projeto. Eu e outros vereadores conversamos com o Secretário de Saúde para avaliar o Projeto. Levei, comigo, o economista, Técnico do DIEESE (órgão mais importante deste setor no Brasil e no Paraná), para que nos ajudasse a entender os números e critérios do projeto. Houve discordância entre o que afirmou o economista Cid Cordeiro, do Dieese, e os números apresentados pela prefeitura, principalmente no que diz respeito aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os próprios representantes do Executivo ficaram em dúvida em alguns pontos e se comprometeram a nos enviar, antes da sessão, dados referentes ao projeto e aos números financeiros.

Eu, mais do que nenhum outro vereador, cobrei deste o início deste mandato, melhorias e aumento salarial para os servidores, particularmente os da área de saúde. É somente verificar o número de falas que tive, na Câmara, neste sentido. No entanto, não podemos correr o risco de comprometer toda a gestão fiscal do município, e depois jogarmos a culta disso nos servidores. Como a Prefeitura não nos enviou os dados, e um representante do Executivo afirmou arrogantemente na Câmara que “não mandou e não vai mandar”, nós preferimos a abstenção, até para dar mais tempo para o Executivo nos enviar o que havia nos prometido e o projeto ainda está em primeira votação. Isso ninguém explicou. Também ninguém explicou que somos os únicos que questionamos a responsabilidade do Executivo. Porque somos favoráveis ao aumento, mas somos contra o inchaço da Prefeitura com cargos comissionados, que ganham muito mais que os servidores, e se tiver que tirar algum dinheiro para dar um aumento decente e digno aos servidores, que tirem dos cargos comissionados, que tirem das Secretarias que estão criando sem necessidade e nos acusando de ser contra isto e aquilo. Também queríamos discutir a questão das gratificações, que não são incorporadas para efeito de previdência e muitas vezes utilizadas politicamente pelas administrações para “coagir” os servidores em tempos eleitorais. Pode não ser o caso aqui, mas inúmeras administrações cometem o “assédio moral” e cortam as gratificações quando não há apoio político, e os servidores ficam com as mãos amarradas quando precisam sair em defesa da população e pedir mais infraestrutura.
Amanhã (16), as 9:00 H, haverá outra votação na Câmara para decidir finalmente o aumento, ao qual somos favoráveis. Sabemos de antemão, pelo “elegante” porta-voz do Executivo, presente hoje na Câmara, que o prefeito não vai dar satisfação nenhuma, mas esperamos que ele mande. Em último caso, votaremos a favor do trabalhador, deixando a responsabilidade pela omissão na lacuna do debate aos demais vereadores e ao Executivo, mas continuaremos questionando e fiscalizando, por todas as vias legais do povo campolarguense.

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