sexta-feira, 17 de julho de 2009

NELSÃO AGRADECE A IMPRENSA COMPROMETIDA COM A VERDADE

Fazendo uma distinção entre as empresas comprometidas com o “poder econômico” e a imprensa que realmente cumpre com seu papel democrático de ouvir “os dois lados” nas questões políticas como determina as boas regras do jornalismo, Nelsão agradece os espaços que foram concedidos ao seu mandato (sem citar nomes, porque a sociedade sabe distinguir quem é quem no cenário empresarial deste ramo, na cidade).
Vítima de ataques pessoais, por inúmeras vezes, observamos criteriosamente os conteúdos da imprensa escrita e falada. Sabemos do jogo econômico que, infelizmente, determina as relações comerciais e de conteúdo jornalístico. A nós, nos pedem que falemos de projetos. A outros, pouco critérios com relação aos ataques pessoais.
Esta discussão vem em um momento em quem o nosso Governador Roberto Requião, acabou de enviar projeto à Assembléia Legislativa, determinando que cada pessoa que se sentir ofendida por uma matéria na TV Educativa, possa de imediato ter seu direito de resposta garantido em lei, e não através de reincidentes recursos judiciais, que desgastam a imagem das empresas e muitas vezes de profissionais éticos e competentes que possam a vir a pagar o preço por algum desvio de conduta deste ou daquele jornalista, ou colunista.
Também, neste exato momento, está sendo debatida regionalmente em todo o país, o chamamento para a Conferência Nacional de Comunicação, para discutir justamente isso: até onde vai a liberdade de imprensa, onde uns falam o que querem e outros são obrigados a ficar calados. Sabemos que processos judiciais custam caro, que uma palavra mal colocada pode significar pesadas multas que, em muitos casos, podem levar jornais a falência. Por outro lado, infelizmente, no Brasil, se lê menos jornal que na Bolívia, o que dá pouca margem de independência para que o setor sobreviva de forma crítica e independente. Sabemos que a imprensa depende muitas vezes do Poder Público para manter os seus veículos de comunicação, e isto se entende. O que se pede é que, no mínimo, mantenham o nível de independência suficiente para cumprirem com seus compromissos diante da sociedade. Ou seja, que ouçam os dois lados, e que não reproduzam apenas uma versão dos fatos. Nem que seja lá, a notinha de rodapé, que se costuma dar, conforme interesses, aos envolvidos.
Nosso país ainda estamos engatinhando neste sentido. Mas a população tem feito um juízo crítico sobre a imprensa, que não tem conseguido manipular a opinião pública de forma a determinar os rumos eleitorais ou o que quer que seja. Os grandes monopólios tem enfrentado a oposição de jornalista de peso, como Paulo Henrique Amorin, Luís Nassif, Luís Carlos Azenha, entre outros, que utilizam canais alternativos de comunicação. E ouvimos de pessoas ligadas ao Poder, o desprezo por iniciativas pequenas como estas, a de criar um simples blog. Bom, o que é um “bloguezinho” diante de nós que temos tudo?, talvez digam. Que importância tem isso para um Município onde a maioria das pessoas não tem internet? É, de fato. Mas um blog como este pode ser lido pelas pessoas do Brasil e do mundo inteiro, dependendo de sua capacidade de divulgação. Podes ser lido até pelo Governador. Pode ser lido por todos os secretários de governo do Estado, ou até ministros. Por isso, tomamos o máximo cuidado para preservar a imagem do município, de nossas empresas, das pessoas, etc... Mas também, não estamos exatamente amordaçados para que nos defendamos, como pensam alguns.
Duvidar de iniciativas simples como estas, além do caminhão de som, do folhetos, das amizades, e do poder de mobilização social do vereador mais votado do município, é o primeiro passo em direção ao abismo.
Nosso mandato não é incoerente. Se reproduzem apenas uma versão dos fatos, temos como reagir, e aqueles que acreditam que apenas o poder econômico vai determinar o rumo político da cidade, se enganam, com jornais, ou sem jornais. Temos também muita paciência e, ao contrário do que afirmam, somos diplomáticos, e estaremos sempre abertos ao diálogo. O Brasil está mudando, o Paraná está mudando e Campo Largo também vai ter que mudar, mais cedo ou mais tarde.
Então, de forma elegante, mas não ingenuamente, agradecemos os profissionais da imprensa que tem tido a dignidade de se posicionar e que nos concederam até agora seus espaços, que acreditamos terem sido concedidos por acreditarem no conteúdo ético e na independência de nosso posicionamento, e não em virtude de qualquer remuneração.
Muito obrigado

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