terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sérgio Schmidt quer saber de onde virá o dinheiro da campanha do irmão de Wilson Andrade

O Presidente da Câmara de Campo Largo sapecou esta no vereador Wilson Andrade: "Quero saber de onde virá o dinheiro de campanha do seu irmão que quer ser Deputado".
Wilson Andrade é um bom sujeito. Apoiou Nelsão na sessão de ontem no sentido de uma moção de apoio a luta de 40 horas dos trabalhadores. Falou que precisamos diminuir a carga tributária do país sobre os empresários.
Só que o Wilson Andrade é meio atrapalhado com os números.
Como presidente da Comissão de Justiça e Redação, cometeu inúmeros erros. Induziu os vereadores ao erro, até na votação da data do Orçamento.
Ele está em seu primeiro mandato, e foi colocado na fogueira pelo seu irmão Carlos Andrade, que ganhou uma Secretaria só para ele do PMDB de Campo Largo.
Ontem os vereadores tiveram que votar novamente outro problema do Wilson. Ele afirmou que por um erro de digitação teria que aumentar em 90 mil o valor de ressarcimento a particulares por benfeitorias em um terreno que será adquirido pela prefeitura. Por isso o projeto teve que ser votado novamente.
Nelsão descobriu que falta o laudo pedido pela Câmara para a comprovação dos valores das obras. Wilson Andrade quis jogar a culpa nos demais vereadores.
Sérgio Schmidt, o presidente da Casa, defendeu os vereadores.
Schmidt quer saber porque os valores do programa Cidade Digital da pasta de Carlos Andrade ganharam tantos recursos a mais no Orçamento Municipal.
Wilson Andrade recebeu informações privilegiadas do Executivo e fez pedidos para instalação de equipamento de ginástica em três praças com dinheiro que supostamente virá de emendas do deputado Ricardo Barros (PP), que esteve em visita em Camo Largo e foi recebido pelo Prefeito.
Só três vereadores ficaram sabendo destas verbas: Wilson Andrade, Celcinho e Josley Andrade, que fizeram requerimentos exatamente iguais na sessão de ontem pedindo instalação de equipamentos de ginástica em 3 praças de suas bases eleitorais.
Nelsão afirmou que os requerimentos foram feitos de forma politiqueira. Que é preciso parar de fazer policagem com as verbas recebidas pelo Município e pensar no interesse do povo. Nelsão votou a favor do projeto para beneficiar a população, mas alertou sobre a falta de critérios para a utilização de verbas municipais.
Ricardo Barros é pré-candidato , que pode disputar o senado contra Roberto Requião, do nosso partido. A assessoria do mandato do Nelsão quer saber se o PMDB de Campo Largo privilegia informações sobre verbas para vereadores aliados de outros partidos (PSDB e PSB), que terão outroS candidatos ao Senado e ao governo do Estado.
Para quem não lembra, Ricardo Barros era vice-lider do Governo Fernando Henrique Cardoso, e em 2001, enterrou a CPI da Corrupção. Ele queria salvar o mandato de Antônio Carlos Magalhães pela violação do Painel do Senado.
Ele foi condenado pela segunda Vara Cívil da cidade de Maringá a devolver aos cofres públicos o dinheiro adquirido com a venda de dois equipamentos coletores e compactadores de lixo da prefeitura realizada em 1991, quando era prefeito de Maringá. Ele recorreu da decisão.
O deputado Ricardo Barros, que é presidente estadual do PP, vice-presidente nacional do partido e vice-líder do presidente Lula na Câmara Federal, gastou apenas este ano R$ 47 mil da verba indenizatória com pesquisas – usando a mesma DataVox, de seu ex-assessor. Foram R$ 23 mil redondos em março e R$ 24 mil redondos em junho, segundo o site da Câmara dos Deputados. Nos últimos quatro anos, Ricardo Barros foi ressarcido com supostos gastos de R$ 371.800,00 com o item que inclui pesquisas, consultorias e trabalhos técnicos. Em 2007, ele foi o deputado paranaense que mais recebeu verba indenizatória: R$ 173.642,84.
Segundo o site Congresso em Foco, Ricardo Barros esta sendo processado pelo Superior Tribunal Federal por Sonegação Fiscal. Ele aparece na lista dos parlamentares, divulgada pela Folha de São Paulo, que recebiam presentes da empreiteira Gautama durante a Operação Navalha. Também aparece na lista de deputados que utilizaram passagens aéreas de forma irregular.
O Requião também tem muitos processos: todos eles por defender o povo e por lutar pelas causas populares. Requião paga o preço por defender o povo.
Defender o partido e seus pré-candidatos é missão de todo militante e parlamentar do PMDB.
Receber verbas de deputados para obras no Município, não é um problema, mas uma solução. O problema é saber de quem é a verba, e quais políticos serão beneficiados: aqueles que defendem o povo e que são do nosso partido, ou aqueles que defendem seus próprios interesses.
Wilson Andrade diz não entender porque os vereadores criticaram os seus privilégios e de seus amigos.
Wilson Andrade e um bom sujeito, mas não entende muito de números e de política.

Nenhum comentário:

Postar um comentário