domingo, 28 de agosto de 2011

Deve ser muito bom receber verbas institucionais

Imprensa gosta de criticar, mas quando é criticada, reage virulentamente. Mas será que imprensa realmente cumpre seu dever de fiscalizar, de dar ao leitor ou a leitora os dois lados de uma notícia, de fazer o contraponto? Ou será que a partir do momento em que recebe verbas institucionais, das prefeituras e câmaras de vereadores, deixa de praticar jornalismo e toma só um lado? Às vezes o cidadão pode achar que a imprensa está acima do jogo do poder, mas não está. Em nível mundial, quem não lembra das famosas “armas de destruição” em massa de Saddam Hussein? A notícia não serviu apenas para derrubar um ditador que antes era aliado de quem depois o acusou de ditador, mas o sacrifício de milhares de vidas de inocentes. Era tudo mentira. Não havia armas de destruição em massa nenhuma. Mas toda a imprensa mundial “engoliu”: canais, redes internacionais com centenas de jornalistas. Mas será que é por falta de informação? Será por ingenuidade? Agora, filmes, documentários e os próprios jornalistas estão revelando o que realmente aconteceu por trás dos bastidores: uma grande armação para legitimar o saque das riquezas de um país, com a desculpa de que se estava lutando pela “democracia”.
Se em nível internacional isso acontece, imagine em um município onde funciona no “meu jornal mandou eu e meus amigos, que me financiam”. Deve ser muito bom receber verbas institucionais, porque ninguém que largar a “teta” e cumprir com o seu papel com um jornalismo imparcial que vai muito além da bajulação. Deve ser bom, porque sem as verbas como iriam competir no mercado e na livre iniciativa que tanto defendem? Se, historicamente, realmente a imprensa cumprisse com seu papel de fiscalizar, o país não estaria do jeito que está. Hoje as coisas estão mudando. Existem muitos jornais, meios de comunicação e jornalistas sérios, mas existem aqueles que aos poucos vão perdendo a credibilidade, porque o leitor vai descobrindo que não existe uma crítica honesta ou o jornalismo imparcial a esta ou aquela administração, a este ou aquele político. Existem questões pessoais, existe interesse políticos. Quando tudo parecer um mar de rosas, desconfie! Às vezes disfarçam aqui e ali, põe uma notinha, mas escondem da população “o grosso” da coisa. A imprensa no Brasil e no mundo está mudando. Os leitores estão ficando mais inteligentes. E com a formação mais crítica dos leitores (as), adeus “verbas institucionais”. Afinal, quem vai ler um jornal ou uma revista só para ser enganado e ainda pagar por isso? E os anunciantes? Será que vão continuar a dar credibilidade para um órgão de comunicação que perdeu a credibilidade?

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