quarta-feira, 15 de junho de 2011

O processo sem pé...e agora sem "cabeça"

Em total falta de sintonia com os anseios da população de Campo Largo, infelizmente, na sessão passada tivemos na Câmara mais um capítulo da “novela sem pé e agora sem cabeçada” quando se deu prosseguimento a um processo cheio de falhas, sem perícia, com vazamentos precipitados, onde mudou-se agora o foco que já não é mais a “cabeçada midiática imaginária” e ninguém sabe o que é. Ou melhor, sabe-se sim: essencialmente político. Como se a Câmara de Vereadores não tivesse mais o que fazer e a cidade não tivesse problemas suficientes para serem resolvidos. E o processo perdeu-se nas artimanhas burocráticas sem nexo, já que a tal suposta cabeçada tão enfatizada pelos denunciantes, acabou sendo desmoralizada por eles mesmos quando foram obrigados a mudar o foco já que, pelas próprias imagens fornecidas (na qual apostaram tudo), o próprio vereador que se diz vítima não demonstra ter sentido nada (e em cujo processo movido pelo seu irmão do mesmo Partido nem laudo de lesão corporal tem), ninguém na Câmara confirma ( nem o próprio vereador que se diz vítima quis admiti-la em plenário), que as gravações internas da Câmara mostraram não existir, e que o original da fita particular editada e divulgadas na internet não foi repassado. Então, agora, a tal “cabeçada”, por ser insustentável, "sumiu" do processo, o que pode significar o total descrédito dos (as) vereadores (as) que afirmaram textualmente em plenário não ter visto nada e continuaram na senda perigosa do “vale tudo” político. Muito mal orientados, diga-se de passagem, porque o parecer que deu continuidade ao processo tem flagrantes erros até em citação de artigos, entre outros. E ainda pior: incomodar a Justiça com discussão de joguinho de piá em campinho de terra. É o fim da picada.

Podíamos colocar aqui, no site, a situação contraditória da tal defesa da “Moralidade da Casa”, citando nominalmente os (as) vereadores (as) que não se posicionam sobre a ausência de assinatura dos pareceres, na falta de investigação sobre a situação do jurídico da Casa, nas denúncias de tráfico de influência dentro de Campo Largo, no nepotismo cruzado, etc.
Vereadores (as) de situação e oposição que contaram com o voto de Nelsão em bons projetos, e que, independentemente do partido, foram questionados sobre suas posições, pontualmente, em cada circunstância, e talvez estejam “magoadinhos” com a transparência das votações que foram levadas a público. Podíamos enumerar os (as) vereadores (as) de situação e oposição que se dignaram a pelo menos apresentar alguma emenda ao Orçamento Anual, ou no Plano Plurianual, mesmo que de forma equivocada, mas que pelo menos participassem minimamente do debate sobre os documentos mais importante do Município. Sim. Quantos são? Quem são? Quem de fato defende a “moralidade” e a “independência” da Casa.
Em tempo oportuno, os vereadores (as) vão ter que explicar para a população de Campo Largo o porquê de suas votações, inclusive esta, a de dar prosseguimento a um processo que perdeu totalmente sua razão de ser, está torrando a paciência e o dinheiro do contribuinte por questões meramente pessoais e politiqueiras.
Campo Largo não quer mais novela, ainda mais uma com um enredo tão mal escrito e que receberá o repúdio dos (as) eleitores (as) quando devidamente esclarecida. Esteja ou não o Nelsão na Câmara. Volte pelos braços do povo ou da Justiça, apoiando quem melhor lhe convier, elegendo dois (as) ou três vereadores (as) ou o sucessor municipal. Não ficarão jamais “livres” do mandato do Nelsão e o povo dará a resposta mais cedo ou mais tarde. Então veremos quem, afinal, serão os vilões da novela.

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