quarta-feira, 30 de março de 2011

CARTA DO COLETIVO DO MANDATO DO VEREADOR NELSÃO

Nós, do coletivo do mandato do vereador Nelsão, composto por voluntários, colaboradores e moradores de Campo Largo, vimos a público se pronunciar no sentido de:

- Que o vereador Nelsão deve pedir desculpas formais aos colegas no debate acalorado das últimas sessões - assim como vereador Wilson Andrade, envolvido na questão – e que o nosso vereador deve reafirmar que seus pronunciamentos não tem motivação política de forma a atingir seus adversários pessoalmente. Observar que desde que Carlos Andrade, irmão de Wilson Andrade, assumiu a Secretaria de Saúde, não fez uma crítica na gestão da saúde, que é grave no município, porque respeita seus adversários e está interessado no melhor para o Município e não em questões políticas particulares. Que, pessoalmente, não tem nada contra Wilson Andrade, e que inclusive o elogiou diversas vezes em plenário como as gravações podem mostrar.

– Que sempre agradeceu publicamente os vereadores que apoiaram seus projetos e enalteceu o projeto de outros vereadores quando os julgava corretos, mesmo que fossem colegas de outros partidos, apesar das divergências. Que em seu blog, também elogiou diversas vezes a votação dos colegas, demonstrando não haver revanchismos.

- Que o Blog as vezes pode ter se excedido em algumas ocasiões, devido a empolgação de seus voluntários, mas que outros canais de comunicação também se excederam.

- Que os debates acalorados que aconteceram nas sessões passadas são fatos isolados e o coletivo do mandato do vereador Nelsão nunca levou para o lado pessoal a questão política e que as discussões sempre acabaram dentro do Plenário, e fora dele as relações nunca foram marcadas pelo revanchismo.

- Que os vereadores (as) sempre puderam contar com Nelsão, mesmo quando perdeu as votações e suas emendas foram negadas, como foi o caso do orçamento de 2010, que apesar dos erros cometidos, voltou três vezes em sessões extraordinárias para não deixar o município sem recursos.

- Que o mandato sempre procurou entender o regimento e como ele funcionava, e que, as vezes, mesmo achando que o Regimento não fora cumprido com relação ao seu mandato, nunca levou a questão para outra instituição, com uma única exceção, por se tratar de Lei cuja matéria era do entendimento do nosso setor jurídico como inconstitucional, no sentido de preservar a imagem da casa.


- Que o vereador Nelsão se somou diversas vezes a votação dos (as) colegas vereadores (as), mesmo contra projetos da administração que ajudou a eleger, quando achava justa a reivindicação e verificou falhas nos projetos. Que pagou um preço político por votar de forma imparcial e defender o que entendia ser correto.


- Que conseguiu grandes avanços para a democratização da Casa, beneficiando não só a si, mas todos os (as) vereadores (as), como no caso da entrega dos pareceres e da Ordem do Dia com antecedência dentro do prazo regimental. Quando ficou sem nenhuma assessoria esperou para tê-la. Quando ocorreram falhas, não expôs os demais colegas em outras instâncias, porque acha que o Judiciário deve se ocupar de coisas mais importantes de que dar atenção a querelas políticas de menor importância.

- Que sempre procurou se orientar pela lei, buscando trazer informações para se orientar nas votações, distribuindo-as para todos os outros (as) vereadores (as), não guardando só para si os fatos, para evitar que os colegas fossem prejudicados votando de forma errada ou ferindo a legislação. Sempre foi imparcial nas votações e cobrou as mesmas coisas com relação a transparência, independentemente de quem dirigia a Casa.

- Que sempre debateu os assuntos, procurou fazer emendas ao Orçamento, aos projetos e que também apresentou projetos importantes. Que as leis que apresentou na Casa sempre visaram defender os mais humildes: como a regularização fundiária, formação de cooperativas, o asfalto comunitário, entre outros.


- Que quando Wilson Andrade o chamou de “bipolar”, ou seja o acusou de “louco”, o que pode dar cassação por se dirigir de forma indigna com outro colega segundo o Regimento, aceitou as desculpas do mesmo e não pediu punição mesmo tendo sido ofendido. Em outra ocasião foi chamado pejorativamente de “jerico”, mas relevou. Que muitas vezes o mandato teve seu ponto de vista distorcido nos órgãos de imprensa, sem direito a resposta, e nem por isso expôs juridicamente nenhum órgão de comunicação por entender que os jornais lutam para sobreviver com dificuldades financeiras, mesmo aqueles que o criticaram de forma parcial.

- Que os (as) vereadores (as) ocasionalmente possam ter, de alguma, propositalmente ou não, se excedido ou votado de forma equivocada, incorrendo em alguma infração das leis ou do Regimento, até não intencionalmente, e que ele sempre alertou a todos publicamente sobre isso, exercendo a tolerância.

- Que a discussão na Sessão do dia 14 não deveriam ter acontecido da maneira que aconteceram, de ambas as partes.

- Que já foi exposto na mídia local e nacional e sofreu um grande prejuízo político com isso, da forma que as versões foram enviadas para a imprensa. De igual modo, pessoas que nem deviam, foram expostas em blogs e jornais locais, em flagrante descumprimento das leis que protegem a vida privada dos cidadãos, agravadas juridicamente pelo fato de exercerem a profissão de médicos ou advogados;

- Que a acusação divulgada em jornais por membros da Casa sobre a suposta denúncia de acumulação de cargo na Câmara e salário é inverídica, como já demonstrado;


- Que agradece aos (as) vereadores (as) o apoio que recebeu em inúmeros projetos, por terem também tido a paciência de explicá-los quando ocasionalmente nãos os entendeu, e recebeu a compreensão de todos.


- Que sua intenção é de trabalhar em conjunto com a Casa, da mesma forma que sempre atuou, lutando por um Legislativo Independente , cobrando quando necessário, mas também reconhecendo o trabalho dos (as) demais vereadores (as).

- Que vai continuar democratizando a votação dos vereadores de maneira técnica, pela sua assessoria parlamentar, enaltecendo também os bons projetos dos (as) vereadores (as).

- Que o Legislativo deve estar mais unido em torno de causas comuns, porque lá na frente, todos podem precisar uns dos outros e que fatos isolados não condizem com tudo que se discute e aprova na Casa. Muito pelo contrário: existem muito mais coisas boas do que negativas. E que os (as) vereadores (as) devem se somar também a uma tentativa de conciliação sem expor ainda mais o Legislativo.

- Que é necessário um recuo e um entendimento de ambas as partes, para que o Legislativo não venha a ser exposto perante o público mais do que já foi, trazendo prejuízos políticos coletivos para todos (as);

- Que este coletivo não medirá esforços para que o vereador Nelsão procure a conciliação, desde que seja sinalizado o entendimento.



Coletivo do Vereador Nelson Silva de Souza

Campo Largo, 30 de março de 2010.

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