segunda-feira, 21 de junho de 2010

DIRETÓRIO TRABALHISTA DO PMDB CONFIRMA NELSÃO COMO PRÉ-CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL



Cerca de mil pessoas comparecem ao evento para manifestar apoio aos pré-candidatos Requião, Pessuti, Dilma e Nelsão

“A morte de uma organização acontece quando os debaixo já não querem e os de cima já não podem”. Vladimir Lenine

Em tempos de indecisão, a voz firme de um capitão soa como um farol nos mares revoltos da política. A tripulação não gosta de dúvidas em meio a tempestades. E, por não gostarem da dúvida, seguem seus verdadeiros líderes, que são aqueles que já pagaram o preço pelas suas decisões na defesa de seus ideais. E quando se revela o líder? Quando o povo precisa que ele esteja onde está e permaneça inabalável em sua fé de chegar a um porto seguro. Ao costurarem suas alianças nos altos escalões, e construírem suas teorias sobre a viabilidade eleitoral, os grandes grupos econômicos, burocratas e estafetas, esbarram num problema elementar que parece surgir a cada instante na boca de um Mané, na hora da preleção no vestiário: E já avisaram os adversários disso? Aos estourarem denúncias de esquemas de desvios de verbas públicas, que colocam a nu as mazelas de um processo eleitoral que urge profundas reformas, a população assiste estarrecida a utilização de mecanismos escusos para contratar “laranjas” e apadrinhados através dos chamados Diários Secretos. E quando o Parlamento paranaense sofre um desgaste político sem precedentes, a verdadeira pergunta que deveria ser colocada, é: quando fazem suas alianças, consultam o povo? Quem tem o perfil popular? Quem encarna e reencarna os anseios de reformas e mudanças que o momento histórico exige?

É bom recordarmos que, enquanto Fulgêncio Batista assistia, incrédulo, os revolucionários aproximarem-se do seu Palácio, passou-lhe uma pergunta insólita pela mente: como conseguiram, estes poucos, derrotar um exército?

Como diria Jean Cocteau: “não sabendo que era impossível, foi lá e fez”. O vereador que um dia vendia caldo de cana na rua, o “lixeiro” que levantou pela primeira vez a voz, ainda um tanto inseguro, em uma assembléia para discordar dos patrões e abriram-se lhes as fileiras entre os trabalhadores para passasse, com seus erros de português e tudo, para defender aquilo no que acreditava, e por defendê-los foi eleito representante de sua classe, que se acorrentou à porta da fábrica para selar a greve, que invadiu a Assembléia em defesa da Estatal Paranaense, que sofreu o boicote continuo durante seu mandato, que viu seus assessores serem cortados da estrutura do Legislativo, e suas propostas para os mais simples negadas uma a uma, mas que permaneceu firme na trincheira popular, vê agora o seu esforço reconhecido quando centenas de pessoas levantaram suas mãos e referendam seu nome à Convenção. E quem são estas pessoas? A classe média, até os bons empresários (antes arredios ao seu discurso), trabalhadores e trabalhadoras, gente simples da periferia, mas também intelectuais, lideranças populares, políticos até de outros partidos que vem lhe render homenagem, setores do Partido que realmente se identificam com os ideais pelo quais ele foi criado: foram cerca de mil, mas poderiam ser dois, três, quatro...Isso, com a representatividade que carregam, sem contar com a máquina pública ou meros subordinados dados a arte de aplaudir sem causa, soldados sem crença, militantes pagos para defenderem aquilo no que não mais acreditam. Diria Nelson Rodrigues que “o dinheiro compra até o amor sincero”. Não é bem assim, brilhante dramaturgo, nas camadas populares de onde viemos. Pode ser que seja assim nos casamentos arranjados pela burguesia...Aqui, para nós, honra não tem preço. Para nós, viver sem amor é viver sem alma!

E que sejamos porventura até barrados à porta do baile de alguma democracia sem povo, pelos arranjos artificiais de cúpula. E, sem assim for, apenas prorrogarão o embate, encherão ainda mais de esperança o coração daqueles que não tem voz: nos tiraram o direito de votar em quem nós acreditávamos! Impediram que fôssemos representados! Qualquer tempo a mais que nos seja dado, será simplesmente o tempo de nos organizarmos ainda mais, de reforçarmos nossos sonhos, de treinar melhor nossos militantes...Ou não aprendemos nada com um Mandela, com um Lula, com um Gandhi, um Che...? Mas agora... “sim, nós podemos”, dissemos uníssonos, quando convocados, e a notícia corre célere de boca em boca no Município: Eles estão vindo! Eles, que defendem aquilo no que de fato acreditamos! Além do sorriso artificial de quaisquer pré-candidatos artificiais de outros, de possíveis engenharias de assédio moral sobre o funcionalismo, dos acordos sem povo e sem ideais, de utilização de máquinas públicas, de manchetes “compradas” com verbas públicas e pelo poder econômico, da retaliação continua, do boicote aos avanços democráticos da participação popular, a máxima do pensador socialista Lênin permanece através dos tempos : “A morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem”. A vida de qualquer instituição depende de quem aglutina, de quem tem carisma, de quem tem coragem para desafiar o status quo, de quem se arrisca, de quem não se entrega e tem a voz firme para defender aqueles que não tem voz ...E num momento histórico como esse, quando as instituições são colocadas a prova, o PMDB, o velho de guerra, de Requião, Pessuti e Pugliesi, tem opções que se espelharem nos próprios exemplos destes que construíram até aqui o Partido, aglutinando a população em torno dos ideais progressistas . Opções estas que vem do anseio popular, que são capazes de ser, com garra, idealismo e coragem, protagonistas da história. Chegamos até aqui vitoriosos, porque arrastar milhares com a força de um ideal, em um momento de tamanho descrédito da política, não é para qualquer um. É só para quem acredita...

Nós somos as sementes que vocês mesmos plantaram!Pessuti, Dilma e Requião. E o resto...que fique com a Convenção!

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